sábado, 29 de dezembro de 2012
Por isso me recuso, a deixar-te partir assim feito poeira nos bancos quando a chuva vem, e canta o seu desespero.
Ano que vem irá completar três anos que eu criei o "Poesia do Horror". Me lembro bem que criei este blog com a finalidade de desabafar os problemas que eu estava passando na época, e também divulgar as poesias que eu escrevia em sala de aula ou pela madrugada de tédio. Muitas coisas mudaram de lá pra cá, aqueles problemas, toda aquela depressão, fantasmas, medo do futuro e até mesmo medo do presente foram superados com o maior sucesso, e devo agradecer isto aos meus grandes amigos que fui conquistando ao ir vivendo e morrendo na cidade, a minha mãe que com a sua positividade e pouco sutileza me deu forças para seguir em frente e enfrentar os meus dragões embriagados, e mesmo muitas vezes transparecendo que eu não acredite, tenho muito para agradecer a Deus, que por linhas tortas, por montanhas cansativas, sempre me mostrou que se pode ser feliz em um novo lugar e com outras pessoas.
Tenho um apego muito grande por este blog, não faço ideia de quem o lê, e as vezes tenho a impressão que nunca é acompanhado por ninguém. Mas, a minha história, as minhas obras, os meus devaneios, as minhas paixões, minhas musas inspiradoras e canções prediletas sempre foram coladas bem aos poucos por aqui. Pode até mesmo ser considerado como uma espécie de diário poético.
Aproveitando, irei fazer uma retrospectiva de como foi o ano de 2012 para mim.
Começou de maneira bem cômoda, lembro-me muito bem da primeira semana de Janeiro, eu caminhava pelo Parque da Vila dos Remédios com a camiseta do Alien Sex Fiend, era verão e a natureza me cortejava com cada folha. Naqueles dias tinha um relacionamento muito sério com uma garota, que comparado aos meus outros relacionamentos, até que morava próxima de mim, então sempre nos encontrávamos, nos beijávamos e fazíamos promessas bem juvenis. Mantinha um forte contato com os meus amigos presentes em 2011.
Em fevereiro, eu pude sentir a mudança, tendo como início uma doce emoção, uma grande amiga veio de muito longe para me visitar no dia do meu aniversário, lembro-me que fui buscá-la na Estação Tietê, que dia lindo foi aquele, 03/02/2012 mais ou menos ás 08:00, um lindo sorriso desceu do ônibus da Viação Itapemirim que tinha acabado de chegar do Interior de Minas Gerais, Espera Feliz. De tão lindo, me doeu e me tornou seco e melancólico ao dirigir a palavra a tão esperada pessoa, e percebia que a mesma tinha o mesmo sentimento. A recebi com um um forte abraço (não pude deixar de levantá-la) e recolhi a sua bagagem, pegamos um trem sentido a Sé, e caminhamos pelas ruas do centro velho de São Paulo desabafando pedaços de nossas vidas, coisas que compartilhávamos com uma distância de aproximadamente 12 horas. Sim, aquilo finalmente estava acontecendo, de uma maneira a qual idealizava durante quase dois anos. Não queria mais nada, apenas aproveitar aqueles dois dias com a minha grande amiga, que com todo prazer pronuncio o seu nome, Marina.
Chegamos em casa, apresentei a mesma a minha casa, deixamos sua mala num canto da sala, e saímos para a mesma conhecer o bairro em que eu moro, nunca achei esse lugar bonito, mas neste dia parecia o imenso jardim que aparece a cada sonho bom de uma criança, o sol não era atormentador, era radiante de felicidade, era o tapete dos lindos anjos, e o céu estava incrivelmente azul, mas ainda assim não conseguia entender aquele meu sentimento de melancolia, talvez fossem as 24 horas sem dormir. Voltamos para casa, e ao chegar no portão entramos abraçados, eu a disse:
- Fico tão feliz que você tenha vindo de tão longe só para o meu aniversário!
a mesma disse:
- É o amor!
Trocamos de roupa, e fomos para um parque que tem num bairro próximo,e falando sobre qualquer coisa. Eu ficava impressionado de quantos olhares se direcionavam para a minha amiga, definitivamente é uma beleza que estava muito distante da cidade de São Paulo, apenas em um lugar tão longe poderia se ver pessoa tão bonita.
Chegamos ao Parque Vila dos Remédios, nos sentamos em frente a um lago que tinha vários patos e acendemos nossos cigarros, era um cigarro vagabundo, Derby, mas foi o melhor Derby que fumei em toda a minha vida, olhando de longe parecíamos personagens de filme inglês, sentados num parque em um dia de sol, eu com a minha velha camiseta do Sonic Youth, e Marina com o seu vestido florido. Falamos sobre coisas da vida, como tanto esperávamos, em um momento daquele definitivamente me senti verdadeiro, e não conseguia parar de dizer (de uma forma seca) que eu estava feliz por aquilo tudo, e a mesma sempre retribuía. Nunca em toda minha vida, tinha sentido uma reciprocidade tão forte. E assim foram se passando os dias, e como bons amigos até brigamos, rs.
Até que chegou a hora de direcioná-la a Rodoviária, acordei tão mal naquele domingo, dia 05/02/2012, que nem tinha conseguido almoçar. Minha desculpa era a ressaca, mas na verdade é que eu estava triste pela minha melhor amiga estar indo embora para tão longe novamente, parecia que eu tinha feito um pedido para um feiticeiro, em pedir para passar dois dias com a pessoa que eu mais gostava depois da minha mãe. Nem minha namorada, que me via tantas vezes pela semana era tão querida quanto essa pessoa. Que me ensinou tanto em poucos dias, e mostrou para mim, que neste lugar, nesta vida, só temos resíduos de felicidade, são dois dias bons para 363 dias que se vive por apenas estar vivo.
" [...] é só você que me provoca essa saudade vazia, tentando pintar essas flores com o nome de AMOR PERFEITO, e NÃO TE ESQUEÇAS DE MIM"
"[...] juramos ser felizes, corremos de mãos dadas, esquecemos tudo enfim que nunca nos disse nada. Ouvir teu nome foi tão completo quanto o fim, e agora que a dor voltou, o que será de mim?"
E os dias passaram a serem como outros dias quaisquer, no dia 06/02/2012 fui para a Escola, e logo fui apresentado ao verdadeiro inferno. Não, eu não consegui me enturmar com nenhum daqueles sujeitos hipócritas. Para piorar a minha situação em tal imundice, tive que me deparar com dedos fedidos de pessoas tão inúteis, as quais por muito tempo nem sequer me lembrava de sua existência. Naquele dia, eu percebi que estava pagando muito caro pela minha falta de dedicação ao estudo no ano de 2011.
Apesar dos pesares, tive um grande reconhecimento pelos professores que lá davam aula, sempre me elogiavam colocando em pauta as minhas ideias revolucionárias, tive até a oportunidade de realizar alguns trabalhos para me descobrir um pouco mais, e logo percebi que o curso que queria prestar, era o de História. Mas, mesmo assim, eu faltava muito, sempre sendo chamado atenção por faltas que davam como consequência notas muito baixas, juro que eu tentava ir todos os dias, mas tinham vezes que era impossível me despertar de um sonho de criança, e ir para uma prisão com generais de salto alto. Passou diversas vezes pela minha cabeça cometer um terrorismo contra aquele lugar. Realizar o sequestro da maldita coordenadora pedagoga, e lavar o meu corpo com o sangue daquela reacionária. Fazer a inexistência daquela instituição que emburrecia e conduzia a cada dia os alunos para o proletariado.
" Nas escolas você aprende que o seu destino já está traçado. Pois querem os transformar em cordeirinhos domesticados prontos para serem transformados em operários escravizados"
Muitas outras coisas aconteceram no ano de 2012. Muitas ilusões e desilusões. Mas, foi o ano em que eu descobri que nossos verdadeiros amigos são muito poucos, e que estes por causa do destino mesmo, não podem ser tão presentes em nossas vidas.
Claro, não deixei de ter sido um mal para alguém neste ano, parti muitos corações, só que também conseguiram fazer do meu em mil pedaços, e agora procuro os cacos nos cantos da casa.
quinta-feira, 27 de dezembro de 2012
Sua elite idiota
será fuzilada
Sua química maldita que passa nesse cabelo seboso
Nunca mais irá existir
Sejam bem vindos ao Front
chegou a hora de provar
se o que dizias em mesa de bar
era verdade, senão também iremos te matar
Todos os caganeiros verbais
irão para o Inferno
Hoje começa a revolução
e enfiaremos no seu cu, a merda do seu cartão de crédito
Atearemos fogo nas falsas instituições
irá parecer terrorismo
Mas, logo verás que a cada tiro de fuzil
são para todos os nossos generais
Serão libertados os porcos
e vão invadir a casa dos SENHORES
sábado, 22 de dezembro de 2012
Não tem como disfarçar
essa tristeza que eu sinto
Esses dias flagelantes
com tanta vontade de ir embora
e deixar pelo menos uma vez
a vida decidir por mim
Quem sabe não sinta mais nenhuma decepção
Os dias passam devagar
me pego correndo em circulos
voltando sempre pro mesmo lugar
este quarto escuro e empoerado
Queria uma vez mais
me encontrar motivado ao sol
Tirar o chinelo e caminhar sem sentido
quem sabe eu o encontre
vivendo um dia de cada vez
Busco a crença aos domingos
volto a escutar aqueles discos
que falam exatamente daquilo que eu gostaria de ser
mas, que nunca me permiti sequer me ter
quarta-feira, 12 de dezembro de 2012
Não há um espelho encantado
um jardim com fadas e doentes
e crianças correndo
Olhe bem em sua volta
tudo está perdido e a riqueza se foi
Tento dizer coisas bonitas
olhar com alegria
essa vida que recebi
mas, é difícil abrir o coração mais um vez
e de certa forma ter mais uma desilusão
Gostaria e tirar o chinelo
caminhar pela terra descalço
e respirar a vida como se fosse uma criança
só que a inocência foi perdida
As luzes que estavam acesas
foram apagas
sexta-feira, 7 de dezembro de 2012
Por mais que não bastasse a sinceridade, sem a despedida não há felicidade.
Este é o tão famoso dia de despedida. É um um dia em que eu optei por não dormir, e resolvi sair com um grande amigo para acompanhá-lo em uma sessão de tatuagem.
Um dia assim. sem dormir e de sol, me lembra do dia mais melancólico, porém que sinto mais saudades em minha vida, foi quando fui conhecer a minha melhor amiga, a qual veio de uma cidadizinha de Minas Gerais, foram 12 horas de viagem que ela teve de lá até aqui em São Paulo. Por apenas dois dias, cheguei a perceber que mesmo estando sendo um grande de um filho da puta, melhor momento que aquele só se ele estiver por vir, pois nunca tinha vivido algo tão bonito e que realmente tenho tanto prazer em recordá-lo.
Sim, hoje eu estou com o sentimento de ser o último dia de minha vida, e eu quero me despedir primeiramente da minha família como: Mãe, Irmão e de uma forma bem amarga, todavia sincera... pai. Reconheço que com a minha partida, sentirão a dor mais imensa a qual possam vir a ter, e que a falta que irão ter será eterna, só que quando se precisa ir, é importante a gente não se atrasar. É importante para que tudo dê certo em nossa partida, por as flores em amostra, dar comida para os cães e gatos, e também deixar um bilhete na geladeira avisando que fomos, e se iremos voltar.
No momento, a música que mais tenho escutado tem sido "Soul Parsifal" da banda que melhor fala de mim nesta vida, Legião Urbana. Então, caso você que está lendo este texto mais do que sincero, se quiser lembrar de mim e ter um bom sentimento, ter paz, por favor escute esta canção, que fala muito do meu cansaço e que me ensinou tanto a ser verdadeiro pelo menos comigo.
Quero muito agradecer o apoio de todos. Desejar que todos tenham em sua volta, 29 anjos vos saudando. E um único pedido: Vivam como se fosse o último dia, pois este sim, é bom.
"Tentamos tanto achar a verdade, quando a verdade é tudo que somos sem querer"
(Nenê Altro)
sábado, 1 de dezembro de 2012
É tão imenso o ódio
que você fez brotar
Como pode ser tão inútil
ao exigir atitudes alheias
que nem você consegue realizar?
Pra mim o seu conceito sobre cena
é uma verdadeira piada que já perdeu a graça
e te pergunto uma vez mais
Por que baseia a sua vida em violência gratuita?
Em quantas cabeças você pisou?
Quantos nomes você arrastou?
e de quantas "revoluções" você já participou?
Apenas cuspiu em quem foi contra a sua razão idiota
Só ameaçou aquele que apenas não concordou
Quis impôr respeito
Quis fazer o certo
mas apenas se traiu
e continuou insistindo na sua burrice
E assim vai prosseguindo o movimento
com indivíduos tentando monopolizá-lo
formando uma hierarquia maquiada de Anarquia
mas, a minha única liberdade
está sendo o meu pensamento
que anseia uma vontade
de pegar toda essa sua imbecilidade
e enfiar feito uma bomba no meio do seu cu
sexta-feira, 30 de novembro de 2012
Acho que estou ficando velho antes da hora, ou realmente acredito que o mundo vá acabar ainda este ano, pois eu não quero esperar. Eu não quero perder tempo para viver. Quero viver para dar tempo de sorrir, e ficar parado, esperando algo de uma coisa só... já não tem mais a ver comigo, acredita?
Quero sempre mais, e migalhas nem os cães merecem. Filmes repitidos não estão arrancando o meu sorriso, alguns muito pelo contrário, só me arrancam as lágrimas. Mas, sou obrigado a dizer que não fazem mais filmes como antigamente (com pouco sangue), só parece que ainda o cinema é mudo.
Estive cansado, meus amigos. O orgulho me cansou. E a vontade alheia mais ainda, parece até que eu não estou seguindo a tendência do meu signo de aquário, de simplesmente presar a liberdade, e o fascista da minha vida está sendo eu mesmo.
Eu não Quero Ver Mais Uma Vez Esta Série
Em Que A Gente Sangra Tanto Meu Bem
É, Perdi O Medo De Dizer
Que Nada Atinge Meu Querer
E Que Sempre Faço O Que Mais Me Pede Na Vida
E Por que Não Falar De Amor Ou Repetir As Palavras
Se No Fundo É Só Isso Que Vale A Pena?
Ah Se Eu Fosse Tolo...
Só Se Eu Fosse Tolo, Não Deixaria Viver
Essa Tarde Eu Vou Sentar E Ouvir Stiff Little Finger.
Lembra Que A Gente Passava Horas Aqui
Falando De Ex-Namoradas?
Ah Amigo, Tenho Andado Tão Inquieto
Que Até Beijo De Seriado Me Arranca Um Suspiro
É...Perdi O Medo De Dizer Que Nada Atinge Meu Querer
E Que Sempre Acaba Atirado Aos Braços
De Quem Mais Me Convida Ao Pecado.
E Por Mais Que Passem Os Anos
Eu Continuo O Mesmo Garoto
Que Você Um Dia Amou Tanto.
Ah Se Eu Fosse Tolo...
Só Se Eu Fosse Tolo Não Deixaria Viver.
As Pessoas Sempre Vão Falar
Pois Suas Línguas Lhes Vencem Os Dentes
E Seus Medos E Inseguranças
Sempre Acabam Em Dedos Ao Diferente.
Então Que Se Foda Amor, Que Se Foda
Se A Palavra Suja Não Rima.
Que Se Foda Amor, Que Se Foda.
Pecado É Não Viver A Vida.
Então Esquece Tudo E Vem
Que A Vida É Assim
E Se A Gente Deixar De Viver
Não Vai Dar Tempo De Sorrir.
Vamos Pegar Essa Estrada
E Sentir O Vento Cantando Esta Música
Que Conhecemos Mais Que Nós Mesmos.
Em Que A Gente Sangra Tanto Meu Bem
É, Perdi O Medo De Dizer
Que Nada Atinge Meu Querer
E Que Sempre Faço O Que Mais Me Pede Na Vida
E Por que Não Falar De Amor Ou Repetir As Palavras
Se No Fundo É Só Isso Que Vale A Pena?
Ah Se Eu Fosse Tolo...
Só Se Eu Fosse Tolo, Não Deixaria Viver
Essa Tarde Eu Vou Sentar E Ouvir Stiff Little Finger.
Lembra Que A Gente Passava Horas Aqui
Falando De Ex-Namoradas?
Ah Amigo, Tenho Andado Tão Inquieto
Que Até Beijo De Seriado Me Arranca Um Suspiro
É...Perdi O Medo De Dizer Que Nada Atinge Meu Querer
E Que Sempre Acaba Atirado Aos Braços
De Quem Mais Me Convida Ao Pecado.
E Por Mais Que Passem Os Anos
Eu Continuo O Mesmo Garoto
Que Você Um Dia Amou Tanto.
Ah Se Eu Fosse Tolo...
Só Se Eu Fosse Tolo Não Deixaria Viver.
As Pessoas Sempre Vão Falar
Pois Suas Línguas Lhes Vencem Os Dentes
E Seus Medos E Inseguranças
Sempre Acabam Em Dedos Ao Diferente.
Então Que Se Foda Amor, Que Se Foda
Se A Palavra Suja Não Rima.
Que Se Foda Amor, Que Se Foda.
Pecado É Não Viver A Vida.
Então Esquece Tudo E Vem
Que A Vida É Assim
E Se A Gente Deixar De Viver
Não Vai Dar Tempo De Sorrir.
Vamos Pegar Essa Estrada
E Sentir O Vento Cantando Esta Música
Que Conhecemos Mais Que Nós Mesmos.
segunda-feira, 26 de novembro de 2012
Após uma masturbação
eu percebi que nem o meu pênis
queria ser mais o meu amigo
Eu não recebo uma mensagem,
ou uma ligação no celular
já tem duas semanas
E todos que até ontem
eu jurava que eram os meus próximos
só tenho certeza que nesta noite
com as minhas calças arriadas
que os mesmos estão distantes
Voltei a vestir aquele suéter surrado
mas que até hoje todos os esquisitos elogiam
Voltei a escutar aquela banda
que descreveu os meus melhores momentos
todavia, vendeu mais discos
quando falou dos meus piores vividos
e nem aquela maldita Caninha 29
me faz esquecer da dor
Há tempos aquilo que vejo no espelho
já não me agrada
por isso, perdi aquela mania
de encarar tal imagem em qualquer retrovisor
mesmo estando abraçado com alguém
Hoje sou apenas um esboço
de três anos construídos
Só mais um pênis que chora
Só mais uma barba que não cresce
Só mais um garoto que envelhece
Só mais uma viagem cancelada
sexta-feira, 23 de novembro de 2012
Não reciclável
Ainda que as estrelas caiam do céu
a felicidade irá me cortar em mil pedaços
Sou fonte seca no sertão
Sou desespero ainda quando acontece a paixão
Escrevo nas paredes
me lamento pelos peixeis
que não comeram os bolos que deixei
nem quando as luzes se apagaram
São asas quebradas no verão
pássaros soltos, mas com depressão
Sol que na primavera
apenas me atormenta
Me pego sendo semi-vampiro
sem a intenção de sugar
todavia, sugado pelo tédio
Me tornei vinho barato e vomitado
comprado apenas por falta de dinheiro
Gargalo sem rótulo
Espelho embaçado no rosto
Unha suja infeccionando a sua pele
voz abafada que respira a poeira do seu armário
a felicidade irá me cortar em mil pedaços
Sou fonte seca no sertão
Sou desespero ainda quando acontece a paixão
Escrevo nas paredes
me lamento pelos peixeis
que não comeram os bolos que deixei
nem quando as luzes se apagaram
São asas quebradas no verão
pássaros soltos, mas com depressão
Sol que na primavera
apenas me atormenta
Me pego sendo semi-vampiro
sem a intenção de sugar
todavia, sugado pelo tédio
Me tornei vinho barato e vomitado
comprado apenas por falta de dinheiro
Gargalo sem rótulo
Espelho embaçado no rosto
Unha suja infeccionando a sua pele
voz abafada que respira a poeira do seu armário
domingo, 18 de novembro de 2012
Eu não consigo acreditar de que a tristeza veio me visitar uma vez mais. Após tantos conflitos, tantas viagens em meio ao inferno, tanta busca por um dia perfeito (muitos deles vieram), a mesma sempre acaba me ligando a cobrar, como se já não bastasse tudo o que eu apenas quero esquecer.
A minha vida vem se resumindo a festas de que eu sempre me arrependo quando chega a madrugada. A tardes dentro de um quarto bagunçado, fedorento e com as paredes rabiscadas. Me pego curioso em saber da vida daqueles que eu apenas quero distância, e puxando até assunto pra me ver bem longe da solidão.
Muitas vezes, me encontro iludido com mensagens as quais não são para mim, e faço papel de palhaço e escroto em meio a multidão.
Tenho vontade de abrir as janelas e pular, pra finalmente sentir a pressão do ar e ter uma chance de
sexta-feira, 16 de novembro de 2012
Já estou cansado
de me ver correr pros lados
procurar em meio ao escasso
um motivo sério pra viver
Quero ir pra longe
aonde não tenha essas pessoas
que se contentam com a miséria
de ter dinheiro, de ter aonde ir beber
Vivo morto na cidade
sem perspectiva de felicidade
de amor paramilitar
de destino revolucionário
Eu vejo de longe
o sol nascendo
mas, parece que o ar de liberdade
nunca mais passará em meu rosto oleoso
e assim me pego
correndo pelas paredes
riscando nomes
fazendo listas e me masturbando
com prazeres que na verdade não são meus
segunda-feira, 12 de novembro de 2012
Juro que tento lhe esquecer
Caminhar pelas ruas
e nunca mais esperar te ver
Meu coração apunhala
quando percebo que a cada segundo
está mais distante de mim
e que no seu mundo
não há lugar para um coração
sem família, sem abrigo e sem amigos
Saiba, então
que desta vez definitivamente estou indo
não espere mensagens
não espere declarações
a carne de meu peito
já perdeu o prazo de validade
http://www.youtube.com/watch?v=hgjroWyq8Ko
" Sinto que lhe dizer
que seja melhor assim
E que talvez o seu mundo
não tenha lugar pra mim
Já perdi as contas de quantas noites passei
dirigindo sem sentido
pensando o que lhe dizer
Que morri, e que não precisa se preocupar
porque nunca mais, vou me rastejar
por estar perto de ti".
sexta-feira, 9 de novembro de 2012
No centro do lixão
Talvez, seja paranoia ou questão de tempo, mas parece que todos estão andando para frente e eu ficando para trás. Todos estão com planos, uns indo para a faculdade, pra um cursinho e até indo estudar em outro estado ou país, e me vejo aqui sem sequer nenhuma perspectiva, sem saber como erguer os pedregulhos. Me pego rebitando a minha jaqueta, costurando patches na calça e ouvindo música que ninguém consegue escutar. Encontro-me desempregado, solteiro e com amigos comprometidos, e eu aqui rodando de bar em bar, pagando a cerveja com o dinheiro da minha mãe.
Todos os planos que ocorreram há três anos foram incorrespondidos, substituídos pela diversão, pelo caos e por um único desejo "ser feliz", e a felicidade aonde se encontra? rs
Tantas decepções... Tanta gente imbecil...
Nenhuma perspectiva... Não vejo uma saída...
A depressão me consome e nada para mim
faz preencher o vazio de meus dias...
E nada na vida me dá razão para seguir em frente...
Nada que eu tente fazer nunca vai dar certo.
Nunca vai ser diferente...
Nunca consigo o que quero.
A depressão me consome.
Tantas frustrações... não há como contar.
Tantas desilusões... tantos fracassos
sexta-feira, 2 de novembro de 2012
Estou cansado de dar chances
de esperar acontecer
de ver o dia amanhecer
e consequentemente envelhecer
Enjoado desses beijos falsos
desses amigos carrascos
e dessa extrema distância entre os bons
Antes vomitava arco-íris
agora, vomito óleo de carro
misturado com "água suja"
Estou cansado de virar noites
com um copo em uma mão
e um cigarro em outra
Exausto de me entristecer
e ficar andando pelas ruas de meu bairro
sem sequer saber o porque
Dirigindo talvez um filme dramático
ou aproveitando sexualmente dos meus passos
para não me sentir só
terça-feira, 30 de outubro de 2012
Sinto que está tudo bagunçado, fora do seu lugar, da sua ordem e da sua conveniência. Aqueles que eu gostaria que ficassem aqui pra sempre, estão indo embora aos poucos. Aqueles que eu não queria ver nunca mais, tinha escrito textos dizendo "adeus", estão voltando. E a vida acaba sendo o tempo todo essa coisa contraditória e infernal.
Mais um ano está se acabando. Mais um ano sem algum feito "plausível", desenterrando a cada dia aquele "loser" que vive dentro de mim. Mais um ano sem alguém para desabafar os sentimentos, encher de beijos, escrever cartas, poesias e mostar novas músicas. Mais um ano em que a solidão tem me mostrado os seus golpes picarescos.
" Você tem que fazer a barba. Colocar roupas limpas. Sair para procurar um emprego. Passar de ano. Tentar uma faculdade. Arrumar uma namorada. Parar de ouvir músicas depressivas. Esquecer o que se aprendeu nos livros e nos discos. Correr atrás dos seus sonhos. Telefonar pro seu irmão. Telefonar pro seu pai. Ir visitar o seu sobrinho. Ir visitar a sua avó. Emagrecer. Tomar um sol. Praticar algum esporte. Ir pro Muay Thai. Telefonar para os seus amigos. Pedir desculpas. Correr atrás. Parar de ser você".
São estas cobranças que me matam, me deixam pertubado. Queria sim encontrar alguém que me faça acreditar de que a vida valha a pena, afinal, a maioria dos dias da minha semana ou dos meses, ou dos anos são completamente irrelevantes. Fico observando aquele povo escroto da escola, mau-vestido, mau-perfumado, mau-vivido, mau-amado, todavia sempre com um sorriso no rosto. Por que diabos estes demônios sorriem? não há motivo algum pra ter tanta felicidade. Não existe inteligência e noção de vida naqueles porcos. São sorrisos falsos. Sorriem por causa da migalha que é distruibuida e rotulada como "ensino", e pelos míseros vinte minutos de intervalo pra ficar com seus "amigos". É impossível ser feliz ou sorrir tendo uma história de vida tão miserável, afinal pelo menos pra mim foram 11 anos sendo massacrado e obrigado a sentar e calar a boca.
domingo, 28 de outubro de 2012
Tão decadente, e tanto faz...
'' Tem vezes que os dias passam devagar...
Você age como se estivesse drogado
Anda pelas ruas, sem o menor sentido
Gasta toda a sua energia
Disperdiça o seu entusiasmo
Isto ocorre praticamente o dia inteiro
A vida ultimamente tem sido como uma tentação
Sente-se mal ao estar no cemitério
O cheiro de corpos com mais de cem anos, torna-se insuportável
Mas mesmo assim, você volta para lá, querendo ou não
Torna-se um viciado naquele cheiro
Que entope o seu nariz e tira sangue de sua garganta
Na verdade, só alguns meses se passaram
A barba está só um pouco falhada
Os dentes tem sido escovados
Não tenho tanto cabelo assim, para pentear
E a sede?
E a fome?
A gente mata com aquilo que não aconteceu
Ou com arranhões indesejados
Encontramos um jeito de suportar o sol
Somos semi-vampiros com o desejo de sentir
Apenas flores viciadas
com medo de serem regadas".
Você age como se estivesse drogado
Anda pelas ruas, sem o menor sentido
Gasta toda a sua energia
Disperdiça o seu entusiasmo
Isto ocorre praticamente o dia inteiro
A vida ultimamente tem sido como uma tentação
Sente-se mal ao estar no cemitério
O cheiro de corpos com mais de cem anos, torna-se insuportável
Mas mesmo assim, você volta para lá, querendo ou não
Torna-se um viciado naquele cheiro
Que entope o seu nariz e tira sangue de sua garganta
Na verdade, só alguns meses se passaram
A barba está só um pouco falhada
Os dentes tem sido escovados
Não tenho tanto cabelo assim, para pentear
E a sede?
E a fome?
A gente mata com aquilo que não aconteceu
Ou com arranhões indesejados
Encontramos um jeito de suportar o sol
Somos semi-vampiros com o desejo de sentir
Apenas flores viciadas
com medo de serem regadas".
3 de fevereiro
Já fazem quase nove meses
de que os dias deixaram de ser perfeitos
o sol apenas aquece o meu corpo
mas, faz da minha alma um gelo
Ainda tenho coisas pra te dizer
histórias para lhe contar
sabe, eu passei por alguns amores
só que aquela coisa meia vazia
sentia falta de algo
sentia falta de você
Mas, eu continuo aqui
vivendo um outubro vermelho
com os mesmo amigos
as mesmas músicas
e as mesmas poesias
Quando vem, para nós ouvirmos novamente aqueles discos?
Entre muitos amores
nenhum pude chamar de amizade
não quis mais nada além de beijos
declarações e abraços
Agora do seu caminho
basta um aperto de mão
e posso me dar por feliz
Por hoje eu sorrio
pra trazer paz e um pouco de sorte
sei que estás tão longe
mas, torço para que realmente exista um Deus
para me trazer de volta os bons amigos
e afastar os reciclados
domingo, 14 de outubro de 2012
Sem crenças de um sol
que não atormente
e de um frio
com alguém que me esquente
Se o problema é o outro
me desfaço de todos
mas, não posso me doar
A solidão
em seus infernos
até que nos aproxima do céu
mas, quando bate a saudade
alguém com um whiskey
um rum, um charuto
vem me visitar
E isto não é nada bom
Quando se tem felicidade
não a buscamos em nada material
ou químico
Se nós a temos
conseguimos enchergá-la nas flores
dançando valsa no vento
cantando nossa música favorita
tendo como instrumento
o barulho da chuva
Pois, para quem é feliz
a natureza já nos basta
quinta-feira, 11 de outubro de 2012
Eu acordo tarde
Durmo tarde
mas, começo a viver cedo
Estranha forma de sentir prazer
(só que não)
Não há tempo melhor
para começar a beijar
a amar e a transar
quando se é um mero garoto
Na verdade, não há nada melhor
do que ser um garoto
pois, a idade veta muitas das preocupações
tendo tempo somente para AMAR!
Não cresci escrevendo poesia
para comer meninas
para mostrar pra professora
e muito menos para ser FA-MO-SO
E sim pra colocar em versos
sem sentido algum
todo desabafo de como é prazerosa essa dor
de ser feliz, e como cura da doença
ser infeliz
Meus caros, vão todos se foder
e se virem tal escrita em algum livro
fanzine ou folheto
por favor, rasguem
e deixem que o vento leve cada verso
domingo, 7 de outubro de 2012
Um grito guardado para a Revolução
Uma cabeça sangrando de tanto guerrilhar
e pensar e se torturar com a triste verdade humana
A cada passo desta guerra
e cada bala disparada contra o inimigo
é uma lágrima que escorre das pálpebras
causada pela mordaça do calor das fábricas
Somos todos frutos
de uma desgraça histórica
Enganados a cada propaganda
feita pelos porcos da televisão
que bem no fundo
fazem um apelo para não serem bombardeados
Você que tem medo da guerra
Você que é tão hipócrita
e justifica isso com pacifismo
também é um grande colaborador
para o sustento dos chiqueiros
Mas, um sonho de Liberdade
ainda se passa nas caminhadas desse sol tortuador
E o ódio que nos faz estrassalhar aos reacionários patriotas
é mais sangrento e vitorioso
do que os gritos de votos
dados pelos parasitas
sexta-feira, 5 de outubro de 2012
"Agora, mais do que nunca: TOSCO TILL DEATH".
Com bandas do gênero
agressivo e rápido, o Hardcore, jovens expressam a sua raiva contra a opressão
e repressão do sistema pseudodemocrático cujo o modelo econômico é o
Capitalismo. Geralmente, são músicas que duram não mais do que dois minutos,
mas que marcaram toda uma geração amordaça. Logo, o Punk surgiu para subverter
a ordem que sempre existiu na música, inclusive no Rock N’Roll.
Marcado por ser a
música dos jovens rebeldes da década de 50 e 60, o Rock ainda não era o
suficiente para ser feito por pobres e de pouca formação musical. Com os
clássicos da psicodelia como: “Pink Floyd”, Uriah Heep”, “Kansas”, ”Cream”,
“Deep Purple” e “Jimi Hendrix” notamos o quão complicado
eram as músicas para serem tocadas, e também o padrão social em que essas bandas
viviam. Bandas que até nos tempos atuais são capazes de lotar estádios, e que
os ingressos são extremamente caros, tirando a possibilidade até mesmo dos
jovens conhecerem os seus próprios ídolos.
O Punk Rock tem como referência de surgimento o ano de
1977 em países como Inglaterra e Estados Unidos, mas músicas de bandas como
“New York Dolls, “Dust”, “The Stoogees” e etc, influenciaram no gênero, por
serem rápidas, muito fáceis de serem tocadas, caracterizadas pelos
integrantes utilizarem em demasia
“drogas ilícitas”, e também por se vestirem de forma que saísse do padrão
sexual e moral da época, assim o Punk Rock passou a ser rotulado como música de
jovens que se vestiam de caráter “sujo”. Até então, a política e a ideia de um
movimento que denunciasse o preconceito em relação aqueles jovens que
faziam absolutamente o que tinham
vontade, ainda não era discutido, então, o Punk era apenas uma tribo-urbana sem
fins políticos.
Mas, uma verdadeira
obra de arte estava por vir, em mais ou menos 1978 um grupo de Punk qualquer
lança o seu primeiro e único EP, com o nome de “Never Mind The Bullocks”, a
banda se chamava Sex Pistols. As letras deste disco fazia uma forte crítica a
Monarquia de revista que era a Inglaterra,
como “God Save the Queen” e “Anarchy In The U.K”. Graças a estes hinos,
o Punk tomou um rumo diferente e passou a ser visto como uma característica na
história da Inglaterra, e também passou a ser
tido como um “Movimento Político”, pois a juventude se identificou (mesmo o Sex Pistols sendo uma banda com fins
lucrativos) e logo foram surgindo bandas
com temáticas muito mais diretas e mais aceitas do que o próprio Sex
Pistols, pois anos mais tardes a banda foi tida como “traidora”, e nisto nasce
a “cena independente” afim de fazer da música algo extremamente político e de
posição anarquista, e sem a necessidade de ter uma formação musical ou
acadêmica.
No Brasil não foi diferente, em especial nas cidades de
Curitiba, São Paulo e Brasília. Jovens compravam discos importados como: “ New
Rose – The Damned”, “Never Mind The Bullocks-Sex Pistols”, “ London Calling –
The Clash”, e ao mesmo tempo liam obras de autores, filósofos e cientistas para
fundamentar vossas posições políticas, mesmo muitos dizendo que naquela época
as pessoas não tinham muito embasamento político. Em Brasília por exemplo, mesmo muitos dos
punks sendo de famílias de classe média, defendiam com unhas e dentes o
anarquismo, e um desses jovens era Renato Russo, o mesmo era tido como
referência para estes jovens em questão musicais, políticas e literárias,
apresentava para todos eles discos e livros, além disso era o mais velho dentre
todos eles. Renato Russo, também tinha uma banda de Punk Rock, o nome era “Aborto
Elétrico”, uma expressão raivosa contra a ditadura e o moralismo que acontecia
na década de 70, principalmente em São Paulo e Brasília. Obviamente as músicas
do Aborto Elétrico falavam da repressão
policial, da burguesia e os padrões que tinham que ser seguidos principalmente
por muitos deles serem filhos de militares ou diplomatas, músicas como “Fátima”,
“Veraneio Vascaína”, “Que País é Esse?” e “ Geração Coca-Cola”.
Nos subúrbios do
Estado de São Paulo, as bandas eram ainda mais raivosas e muito próximas do
movimento artístico e filosófico, o “dadaísmo”. A maioria dos jovens punks eram
de classe baixa e trabalhavam como office-boys em pequenas e grandes empresas,
alguns já estavam com o seu destino traçado, seriam para todo o sempre “proletários”
de fábricas, e nisto eram filiados a sindicatos de orientação trotskistas, e em
plena ditadura e censura, esse tipo de envolvimento com a esquerda e de forma
tão direta era simplesmente estufar os peitos para os batalhões da PM.
As principais bandas de São Paulo, era “ Restos de Nada”, “Garotos
Podres”, “Hino Mortal”, “Olho Seco”, “Inocentes”, “DZK”, “Cólera” e “Ratos de
Porão”, todas com letras para os ouvintes, até mesmo “roqueiros”, eram imundas assim como os integrantes das
bandas e admiradores da música (os punks). O Punk, ficou conhecido em São
Paulo, então, como “Expressionista da Poesia dos Subúrbios”.
Hoje, no século XXI, a luta pelo ideal anarquista e a união
antifascista dos punks permanece pelas ruas. Em todos os lugares vemos pichações
de coletivos de extrema-esquerda, todos influenciados pelo Hardcore e pelo Punk Rock. Vemos andando
pelas ruas do Centro, jovens com seus moicanos erguidos e suas jaquetas com
frases de impacto esquerdista, com caráter intelectual ou palavras rudes. E há
quem diga, que o punk pode ser comparado a aids, pois só deixa de existir após
a morte.
terça-feira, 4 de setembro de 2012
Tudo é dor... e toda dor, vem do desejo de não sentirmos DOR (clichê)
"Dissestes que se tua voz
Tivesse força igual
À imensa dor que sentes
Teu grito acordaria
Não só a tua casa
Mas a vizinhança inteira..."
Sim, faz muito tempo e eu não pensava que um dia voltaria a escrever ou até mesmo falar sobre isso.
O ano de 2010, foi o ano mais conturbado em toda a minha vida, parecia que aquele filme triste e mudo nunca mais iria acabar, eu dormia no meio do filme e quando acordava ainda estava passando a mesma cena de quando estava acordado. Minha vida era um niilismo por causa de uma única pessoa, sem aquela, não existia um motivo pra viver, pra andar na rua, pra ter amigos, pra ir viajar ou conhecer um novo livro ou uma nova banda. Todos os dias tinham gosto de puro sal.
Mas, percebi depois de um ano que quanto mais a gente vive, coisas boas e ruins vão acontecendo. Quase todos os dias de um único ano podem ser pura rotina, mas, a coincidência faz com que nós tenhamos pelo menos três dias de um único ano felizes.
Só que hoje, dia 04/09/2012, ás 04:02 da manhã, resolvi fazer a retrospectiva de minha tristeza há dois anos atrás. Me lembro como se fosse ontem, deu andando pelas ruas de meu bairro, procurando um rumo, procurando alguém numa noite fria e vestindo um suéter surrado. Procurando uma maneira de ressuscitar o que tinha acontecido há quatro meses atrás. Tentando pelo menos exacerbar a minha dor ou protestar um pouco mais sobre o meu ódio. Parecia que tudo estava perdido, e que nada de interessante dali pra frente iria acontecer, sendo que eu tinha apenas 16 anos de idade, estava desempregado, estudando em uma escola que não me dava uma base interessante e "não conhecia ninguém". A única coisa que eu sabia era escrever, foi o ano que eu escrevi as minhas melhores poesias, por sinal, mas, muitas estavam guardadas dentro de uma pasta, creio que um belo dia minha entrou no meu quarto, mexeu nas minhas coisas e leu aquele monte de desgraça e jogou fora.
Resolvi escrever sobre o ano de 2010, pois há uma semana, eu estava em minha mente dizendo como que a minha vida era lamentável, imprestável, e depois de sábado percebi que aquilo que eu estava vivendo, naquele exato momento, era o que eu mais desejava em uma noite fria de um sábado de 2010. Estar cercado de várias pessoas que por sua vez me alegrassem e me matassem de rir, com uma cigarro e uma latinha de cerveja. Percebo, então, o quão ingrato sou com as minhas próprias conquistas, após tanto sofrimento, e cultivado tantas as vezes o tédios dentro de um único ano.
"Este mundo não merece a nossa tristeza
e se é a vida não há porque deixar de ser"
e se é a vida não há porque deixar de ser"
quarta-feira, 29 de agosto de 2012
O Dia em que o Ego e o Amor andaram de mão dadas
Felizes são os podres de coração
pois, a tristeza é tão indiferente
quanto qualquer outra criança morta em um dia de verão
Doentes são estes que sentem amor
e passam por tolices que se referem a um outro
cultivando a cada dia uma dor
Verdadeiramente vivos
são estes que matam o outro com palavras
mas, garantem que nunca mais em suas vidas
serão carpetes para não sujarem o chão da sala
O que faz de um ser humano
um ser belo
Jamais será o seu sorriso
mas, a arrogância em seu olhar
Desprezo merecem os que morrem de paixão
e glorificados devem ser
os que não moveriam uma gulha pela felicidade alheia
Provando por mais uma vez
que a inteligência é viver apenas por si só
quarta-feira, 8 de agosto de 2012
Suicídio que Ressuscita
O nosso clima está tão vazio
e parece que não vai voltar
está tão distante daqui
me faz vassalo triste ao observar o luar
Domínios mentais
Vício de querer estar feliz
e perder o equilíbrio uma vez mais
Classe de amor que nos arranca da vida
Por hoje as estrelas
são lágrimas que caem do céu
e o sol que um dia me pareceu o amanhecer de vitória
é a panela de pressão que cozinha a memória
Feito livro de capa amarelada
assim está se fazendo a nossa história
Escrita por um autor alcoolizado de paixão
morto de desgosto ainda jovem
que depois de dois anos ainda chora debaixo da terra
Os pombos cantam a música do momento
Maldita sinfonia que nos atordoa com a neblina misturada ao sol
Penas da cor das flores que roubei para ti, estão pelo jardim
e mesmo com o portão aberto,
ninguém entra, pois, sabem que só nos podem roubar a solidão
sexta-feira, 3 de agosto de 2012
É cedo pra não lembrar que o plano era ser feliz
Eu arrumo oportunidades
para pronunciar o seu nome
Tento girar os girassóis
no sentido do sol
O tempo passa
os dias são tão comuns
Fico imaginando quem está ao seu lado
e contemplando as lembranças de nós dois em frente ao lago
Ninguém pode acreditar
nas canções que escrevo na solidão
Uns dizem que são tolices
e que as minhas rimas são baratas
Vem aqui comigo e me ajuda a encontrar uma rima rara, então
Me ajuda a entender também
porque o tempo nos espanca e faz a nossa nascente secar
Diz pra mim porque sempre recebemos
apenas um punhado de felicidade a cada ano
e o resto dos dias são tão entediantes
Te juro, meu amor
com juras impagáveis
Sacrifico minha dor
por você e por dias mais amáveis
para pronunciar o seu nome
Tento girar os girassóis
no sentido do sol
O tempo passa
os dias são tão comuns
Fico imaginando quem está ao seu lado
e contemplando as lembranças de nós dois em frente ao lago
Ninguém pode acreditar
nas canções que escrevo na solidão
Uns dizem que são tolices
e que as minhas rimas são baratas
Vem aqui comigo e me ajuda a encontrar uma rima rara, então
Me ajuda a entender também
porque o tempo nos espanca e faz a nossa nascente secar
Diz pra mim porque sempre recebemos
apenas um punhado de felicidade a cada ano
e o resto dos dias são tão entediantes
Te juro, meu amor
com juras impagáveis
Sacrifico minha dor
por você e por dias mais amáveis
quinta-feira, 2 de agosto de 2012
Dor, não me arranca da vida
O coletivo “Brigada Antifascista” vem realizando manifestações quase todos os
meses. O nosso intuito é o incentivo do
autopolitizar do indivíduo, que ele ganhe consciência de que o mesmo está sendo
enganado pelas imposições sociais, pela mídia e por partidos pseudo democráticos
que no fundo pregam a intolerância da simples arte de querer ser o que
corresponde a essência de cada ser humano.
Acreditamos que o indivíduo tem como obrigação aprender a lidar com os
diferenciais, seja cultural, religioso, étnico, sexual e etc, cada um sabe
muito bem o que realmente traz a felicidade, por mais que ela aparente ser inatingível, e a certeza que nós temos é que não a encontraremos em meio a tantos padrões
crus e imprecisos que seguimos desde quando nascemos.
“ O ser humano nasce
bom e a sociedade o corrompe” assim já dizia Rousseau. A primeira sociedade em
que o homem tem contato é com a família, nela o mesmo adere aquilo que chamamos
de “caráter”, cada um de nós (por mais que se passem os anos), acabamos
carregando alguns traços de pessoas que nos acompanharam desde o nosso
nascimento, seja um hábito na dicção das palavras ou um gênio forte. Mas, tem
coisas que podem ser bem mais influenciáveis do que os próprios pais, e essa
influência é a sociedade a fora. As ruas
cheias de propagandas que apoiam um certo modelo econômico. Revistas nas bancas
de jornais com imagens de seres humanos acéfalos que expressam em seu corpo um
padrão físico, promovendo uma doença narcisista. Rede de televisões que apenas
faturam com a desgraça que ocorre mundialmente. Fascistas que perguntam o
sentidos dos seus passos, e pregam o temor e o medo, para assim manter a ordem. Igrejas que fazem promessas,
usufruem da desgraça alheia, para assim faturarem e beneficiar mais ainda
aqueles que já não precisam de mais nada, só de um pouco de bondade no coração.
Companheiros, já
estamos atordoados dessas mentiras e desses parasitas que sugam a nossa alma
enquanto estamos em busca de uma vida melhor. Já estamos esgotados de tanto lixo
nos córregos de nossa mente com essas propagandas baratas, mas, que enganam
tanta gente. Então, vamos pegar as nossas armaduras, juntar nossas armas e
lutar contra todo este apelo moral que vem nos reprimindo e oprimindo desde o
início dos tempos. Vamos sair pelas ruas e declarar um ESTADO ETERNO DE FELICIDADE.
terça-feira, 31 de julho de 2012
Destruo a minha vida
Desdenho os meus sonhos
Me rastejo até você
Será que um dia irei me aposentar da auto-destruição
ou continuarei suicidando o meu orgulho pessoal?
O amor tem parecido dois trigres me devorando
um trigre arranca o meu coração
outro arranca o meu cérebro
mas, sentem náuseas com o amargo da carne
e vomitam exatamente da onde tiraram
Quando as luzes se apagam,
logo me esqueço daquela que se mantem acesa
Entro em desespero, amaço a minha fé
e taco fogo em tudo que restou
Nasce uma luz que além de iluminar
queima a minha alma
Assim os anos vão se passando...
quinta-feira, 19 de julho de 2012
Ultimamente tenho me sentido bem triste e entediado com essa rotina de "não fazer nada". Os dias tem passado cada vez mais rápido, e não consigo ver um rumo para seguir, essa fase de exército, desemprego e escola está acabando comigo. Infelizmente a ausência do dinheiro faz com que eu fique dentro de uma bolha, sem muito acesso a cultura, e a cultura que eu falo é a de poder sair, pegar um ônibus, ir para um lugar diferente ou que eu simplesmente goste.
Até o final do ano passado, eu tinha muita gente para contar nesta vida. Tinha muitos amigos para sair. Tinha namorada. Conforme entramos em 2012, as coisas foram sumindo com o tempo, como naquela música que diz " As folhas caem com o tempo, e tentamos fingir que nada mudou e nunca irá mudar". Em uma das minhas últimas postagens neste blog, tinha dito sobre as pessoas que saíram da minha vida e que ontem, não saiam da minha casa. Hoje em dia, ninguém vem até aqui me visitar, as garrafas de bebidas são do ano passado e o tédio tem me consumido na maioria das horas de cada doloroso dia em que por algum motivo tenho acordado cedo.
[...] Tantas coisas pra dizer.
Tão pouco tempo pra esperar.
Num piscar de olhos tudo se vai.
O que hoje é, amanhã nunca mais.
Os dias vão dançar.
terça-feira, 17 de julho de 2012
Já não sei se restou algo no ar
Em Julho a neblina veio me atormentar
este vapor branco e frio nas ruas ás seis
parece mais a dança dos fantasmas viciados
As lembranças dos dias de sol
me fazem fitar embaixo das cobertas
me amarram na cama e me tiram a coragem
e a crença de que estes dias irão mudar
O dia virou o meu Vampiro
As pessoas nunca mais vão ficar tanto tempo
maldito tédio que me consome
todas as horas do meu dia
Não sei porque é tão dolorido assim
estes meses que vivenciamos todos os anos
De simplesmente nos entristecermos com a ausência dos pássaros
e das crianças que brincavam com os patos
Hoje celebramos a morte das flores e das folhas nas árvores
jogadas no chão, voando pelo ar atormentado
enfeitando também o chão úmido da chuva
que impede até de caminharmos pelas estradas
segunda-feira, 9 de julho de 2012
Eu, Maior Inimigo do meu Amigo, Inimigo Eu
A semana passada foi muito difícil, descobri o quanto posso ser um ser humano substituível para algumas pessoas. Por mais que tenham se passado os anos, permanente na vida de muitas eu já não pude ficar. Logo quando percebi isso, o meu impulso fez com que eu me desfizesse de tudo que poderia ter relação a elas, como deletar fotos existentes, excluir mensagens e jogar fora objetos pertencentes a elas ou que tenham vindo das mesmas. Confesso que algumas lágrimas escorreram ao ter tal atitude, pois, ao ler algumas mensagens, ver algumas fotos e até mesmo o contato com tais objetos eu relembrei de momentos que por elas, na cabeças delas, já não existem e querem seres humanos tão fúteis quanto tais. Talvez, eu nem aceite um pedido de desculpas, nesses meus 18 anos tão bem vividos creio que aprendi a ter resistência, ter amor e autosuficiência como princípio e não dar mais oportunidades para ser descartável. O que me tranquiliza, ameniza tal dor, é poder em minha mente mandar todos estes porcos falsos e oportunistas para o "inferno" ou mandar simplesmente enfiarem seus orgulhos caquéticos no meio do rabo delas, espero também que com suas crenças malditas de "bem ou mal" que elas sofram na mão de um demônio bem sujo e solitário, pois, seres-humanos de tal caráter imbecil e banal, merecem a convivência com os mals e mais ainda o descarte dos bons, pois, se o ego desta escória é para ser inflado, que infle até explodir.
"[...] Você diz que "Viver é aprender a pisar", que " Sempre foi assim e nunca vai mudar."
Então que se foda, não pense nos outros,
mas não espere ajuda ao gritar por socorro."
Entre o final de Julho e começo de Agosto, eu junto ao coletivo "Brigada Antifascista", daremos início a 1ª Edição do nosso 1º Fanzine. A proposta é ser no formato de um jornal inspirado no "Jornal Antimídia" que era publicado há 10 anos mais ou menos, e que hoje em dia é o "Pest Zine". Sim, muita gente irá nos chamar de paga paus da "Antimídia", que nós não temos criatividade e que somos um bando de boyzinhos por colocar fanzines para serem rodados em uma gráfica. Acontece que ninguém aqui é rico, poucos trabalham e iremos fazer uma "vaquinha" pra fazer esse jornal, será tão bem feito que o mesmo poderia ser colocado a venda e tals, mas, iremos distribuí-los gratuitamente para qualquer pessoa que comparecer nos eventos organizados pelo "Brigada Antifascista" e pra pessoas que pedirem para nós, nada será cobrado, exceto se você fizer parte do coletivo (quando você assume um compromisso com o mesmo, não é mais que a sua obrigação dar uma colaboração com materiais, e ajudar na sobrevivência de sua cena).
Frequentemente o coletivo tem organizado manifestações, elas ocorrem praticamente todos os meses. No dia 4 de Agosto (sábado), irá acontecer a "Revolução dos Sutiãs", ideia proposta pela ativista Juliana que também é militante anarquista junto ao coletivo. No dia 1 de Setembro (sábado), irá acontecer o "Manifesto contra o Serviço Militar Obrigatório". Em ambos os manifestos, estaremos tendo a colaboração do Coletivo SHARP (Skinheads Against Racial Prejudice ou Skinheads contra o Racismo e a Homofobia), distribuindo panfletos que orientam sobre a cultura e a política dos mesmos ou orientando as pessoas nas ruas durante as manifestações. Não podemos esquecer também, da nossa grande colaboradora Jaqueline, que organiza todos as quartas no Parque das Árvores (Grajaú), o "Café Filosófico", inclusive nesta quarta-feira irá acontecer um especial na Praça do Pôr do Sol (Alto de Pinheiros), que também é organizadora de um Manifesto que ainda está em projeto, mas, podemos dar o adiantamento de que será em benefício a Educação, em breve aparecerão maiores informações sobre o Ato.
Tenho um recado a todos os antigos ativistas "pré-socráticos" que pensam ter o monopólio do conhecimento por tempo de rolê. Se você por acaso pensa ser o dono da "Verdade Punk", ter uma representação maior na cena por bater em não sei quantos "carecas/nazis" e não comparece aos eventos criados por nós, por simplesmente achar que somos "moleques" e não possuirmos capacidade o suficiente de organizarmos os mesmos, saiba que nós somos muitos, e também nos consideramos a "Juventude Antifascista", e também consideramos você a "nova escória" e é um dos que iremos cagar na sua cara bem melado, pois, só em ouvir suas palavras tão sectárias, sentimos tal diarréia.
ALERTA! ALERTA! ALERTA ANTIFASCISTA! NÓS SOMOS A JUVENTUDE QUE LUTA CONTRA OS PORCOS NACIONALISTAS!
sábado, 7 de julho de 2012
Bolo aos peixes mortos
Poeira nos cantos da sala
já é hora de limpar
Garrafas de bebidas vazias no quarto
já é tempo de serem jogadas fora
Livros na estante sem serem lidos
já é hora de tentar encontrar o epílogo
Eu grito para a minha sombra
pois, a minha alma não consegue me escutar
Releio letras de músicas antigas
pois, não consigo encontrar a canção que me isentiva a lutar
O silêncio é o único que se lembra de mim
quando preciso ouvir uma palavra pra viver sem dar valor
pra coisas tolas, infantis e viciadas
O meu maior vício nessa desgraça
é o de querer ser feliz
em uma noite aonde muitos se embriagam
Eu apenas queria um corpo quente pra abraçar
e dizer o quanto é bom poder dizer:
-Este mundo não merece a nossa tristeza!
Mas, vem logo um amanhecer
um pássaro cantando um Simbolismo
e um garoto que só vê amor nas suas camisetas
pois, falar de dor tem sido difícil
Me dê outra bebida
um vinho barato pra tentar esquecer
essas pessoas que, só me mandam pro abismo
e te sufocam de um passado de tanto que tentou fazê-las sorrir
quinta-feira, 5 de julho de 2012
Sepultura dos Deuses
São tantas cartas guardadas
Tantas poesias escritas
empoeirando no quarto escuro
Uma maldita saudade incorrespondida
Um anjo caído em São Paulo num dia de inverno
Um beijo indesejado por medo da solidão
Uma faca cortando os pulsos de uma criança
É tão tosco como nos flajelamos
por algo que jamais vai existir
Nem fé, nem amor e nem cura
Apenas a continuidade de uma rotina
o cansaço e o clichê da televisão
Não adianta comprar vinho
pra se embriagar no amanhecer
a tristeza não vai embora
e o diabo vai sempre te dizer o que fazer
como morrer, como esquecer
o quão felizes podemos ser
Sonhamos com nossos corpos
abraçados em meio a multidão
Nossas linguas molhadas
entrelaçando na escuridão
É impossível esperar por algo bom
a campainha toca, o carteiro traz um pacote
abre e se depara com um caixão
Nada mais, nada menos
do que a entrega dos seus coelhos brancos e mortos
Tantas poesias escritas
empoeirando no quarto escuro
Uma maldita saudade incorrespondida
Um anjo caído em São Paulo num dia de inverno
Um beijo indesejado por medo da solidão
Uma faca cortando os pulsos de uma criança
É tão tosco como nos flajelamos
por algo que jamais vai existir
Nem fé, nem amor e nem cura
Apenas a continuidade de uma rotina
o cansaço e o clichê da televisão
Não adianta comprar vinho
pra se embriagar no amanhecer
a tristeza não vai embora
e o diabo vai sempre te dizer o que fazer
como morrer, como esquecer
o quão felizes podemos ser
Sonhamos com nossos corpos
abraçados em meio a multidão
Nossas linguas molhadas
entrelaçando na escuridão
É impossível esperar por algo bom
a campainha toca, o carteiro traz um pacote
abre e se depara com um caixão
Nada mais, nada menos
do que a entrega dos seus coelhos brancos e mortos
segunda-feira, 2 de julho de 2012
A Seguir II
Os demônios rastejam
Os deuses voam
e eu não saio do lugar
A rotina continua a me manipular
as intrigas sempre voltam para me pertubar
Saiam todos daqui
malditos mosquitos gigantes
que ficam zumbizando no meu ouvido
quando eu só quero ser feliz
Vivemos de discórdias pseudo-intelectuais
nessa luta constante para ver quem é mais inteligente
Não passamos de animais
Quando dei por mim, já não passava de um ser humano doente
Eu sou apenas um poeta tolo
que escreve as tolice de seu dia a dia
quem dera falar de um amor constante
e tirar do meu léxico o ódio
Desta vez, todas as plantas são do mal
Infelizmente foram cruzadas com algumas cobras
e suas raízes são envenenadas
http://tramavirtual.uol.com.br/musica/tocar/174064/
domingo, 1 de julho de 2012
Maldito Desemprego
É só mais uma porção de discos e livros
espalhados pelo quarto escuro e abafado
Mais delírios e ilusões
cantados e escritos
Gritados, escarrados e politizados
Um monte de sangue na mesa dos bares
mais um constrangimento por não ter centavos
pois, um outro se ofereceu a pagar a conta
mas, pouco nos informou dos juros que foram cobrados
A vida vai seguindo em frente
um emprego na mente
caminhamos pelos dias descontente
Beijos por semana
Adeus todos os dias
Preocupações a toda hora
Bem vindas pedras na garganta
fiquem a vontade quando quiserem ser vomitadas
Qualquer hora pode me ligar
irei atender e sussurrar
dizer o quanto preciso te ver
na merda de um sonho, não se pode crer
terça-feira, 26 de junho de 2012
A leitura da razão
Parece que foi um livro velho sem capa
que eu encontrei no armário do porão
e as páginas que nelas estava escrito o nome do autor
tinham voado como pássaros mortos
Era uma história de amor
mais um conto de ilusão escrito por mais um tolo
na época em que o diabo tinha ido viajar
Termina o livro, ouço o barulho na cozina
uma garrafa de whiskey na mesa
a caixa de charuto caída no chão
Sim, ele tinha chegado de viagem
e estava muito exausto precisando se esquentar
Ele tirou os seus sapatos
o odor era inexistente
Era um nada
Tão inexistente quando a minha felicidade
Hoje eu não leio mais nada que seja aleatório
pois, eu não nasci pra viver dessas ilusões escritas por cristãos
e sim, da realidade escritas pelos infelizes
tendo como base um Machado em meu coração
e uma barata de estimação que dorme embaixo da cama
O divórcio da fé
Nove horas da manhã
tem uma neblina no quintal
parecem fantasmas misturados e pertubados
Um livro na estante
não me parece tão interessante
quanto remoer o que passou
e esquecer o que virá
Hoje as músicas estão tão tristes
e querer não é mais poder
só de pensar parte o ego
partem os amigos e mais aqueles que nunca estão
Uma passagem pra bem longe
o desemprego não me deixar ter
queria tanto pode te ver
conversar e esquecer
dessas gente que só quer ver
a carcassa
Minhas veias estão fechadas
nem o ar para entrar
e morrer e desistir
desses filmes com finais felizes
que faturam milhões
e muita gente comprando corações
O tempo passa
não consigo mais ver graça
em bebidas ou em cigarros
dentes em meus pescoços
e marcas amanhecidas
já não me fazem mais gemer
Unhas arrancam a pele das costas
e o diabo vem me visitar
Jogar conversa fora
e dizer que está cansado de amar
Todos nós somos demônios
sem cabeça, mas, com coração
Mals são aqueles que crêem
e só perdem tentando encontrar a razão
segunda-feira, 25 de junho de 2012
Trabalho sem registro
Hoje o sol se pôs
as flores estavam limpando suas lágrimas
Todas as crianças estão de férias
brincando na areia da praça ou escorregando no escorregador
Que tal sairmos?
Tomar um sorvete ou ver os patos na lagoa
Nos abraçarmos, pois, o sol arrumou um bico
e hoje podemos colocar uma roupa mais leve
Preciso te ver
mais um dia, ou mais uma noite
lembrar do seu sorriso dói
pois, estás tão distante...
Escuto nossa música
que fala de amor e drogas
lembro de você, batendo a perna e mexendo os ombros
no rítimo da canção que é tão triste, mas, fala tanto de nós
Esqueça um pouco essas pessoas
Vaidosas e egocêntricas
gastam tanto com o padrão
mas, nem sequer pagam um transplante de um novo coração
para serem mais felizes, e perceberem que o dinheiro
não é mais necessário do que ter alguém pra falar
coisas bonitas e depois deitar na grama
Vamos aproveitar esse sol
pois, todo bico é temporário
e o frio vai voltar em alguns dias
sexta-feira, 22 de junho de 2012
Currículo para um novo emprego (ou carta ao verão)
Eu olhei pro céu
e ele estava sem sol
Eu olhei pra lua
e ela estava triste
A Lua e o Sol
infelizmente estão separados
A Lua tem trabalhado demais
e o Sol não está na sua época de aparecer
Para o Sol só existe trabalho temporário
na época do verão
O que nos resta é nos trancarmos no quarto
ligar a tv e assistir um destes seriados
aqueles em que os felizes são ricos
e o amor é sempre um tanto sangrento
Está chovendo muito ali fora
não queremos morrer e não vermos o verão do ano que vem
Falta muito tempo para o verão
as coisas estão indo lentas demais
um sorriso falso já não me motiva mais
e para um novo amor eu já não me sinto capaz
Te esperarei até as nove
caso você não apareça, por favor, durma em paz
e ele estava sem sol
Eu olhei pra lua
e ela estava triste
A Lua e o Sol
infelizmente estão separados
A Lua tem trabalhado demais
e o Sol não está na sua época de aparecer
Para o Sol só existe trabalho temporário
na época do verão
O que nos resta é nos trancarmos no quarto
ligar a tv e assistir um destes seriados
aqueles em que os felizes são ricos
e o amor é sempre um tanto sangrento
Está chovendo muito ali fora
não queremos morrer e não vermos o verão do ano que vem
Falta muito tempo para o verão
as coisas estão indo lentas demais
um sorriso falso já não me motiva mais
e para um novo amor eu já não me sinto capaz
Te esperarei até as nove
caso você não apareça, por favor, durma em paz
domingo, 10 de junho de 2012
Bares da Felicidade
As vezes eu acho que sou muito mais feliz
quando estou sem fazer a barba por semanas
e também estou bebendo em meio a escrotidão
Muito mais feliz do que uma pele delicada ao meu lado
do que um odor agradável na minha cama
O cheiro de urina no banheiro dos bares
pelo menos não me causa depressão ou más lembranças
Pessoas esbarrando em mim pelo grau alcoólico
não destroem o meu coração ao contrário de alguns abraços
Brigas dentro dos bares nunca mancham a nossa consciência
e dificilmente nos deixam magoados
Na outra semana é mais uma noite de felicidade
Mais um dia de sorrisos e barbas por fazer
Gastar seu dinheiro suado com cerveja
é muito mais satisfatório do que pagar
um cinema com um filme de comédia romântica
Um final de semana com seus amigos no bar
é menos deprimente do que sair e namorar
pois, eles sempre estarão lá pra te apoiar
quando estou sem fazer a barba por semanas
e também estou bebendo em meio a escrotidão
Muito mais feliz do que uma pele delicada ao meu lado
do que um odor agradável na minha cama
O cheiro de urina no banheiro dos bares
pelo menos não me causa depressão ou más lembranças
Pessoas esbarrando em mim pelo grau alcoólico
não destroem o meu coração ao contrário de alguns abraços
Brigas dentro dos bares nunca mancham a nossa consciência
e dificilmente nos deixam magoados
Na outra semana é mais uma noite de felicidade
Mais um dia de sorrisos e barbas por fazer
Gastar seu dinheiro suado com cerveja
é muito mais satisfatório do que pagar
um cinema com um filme de comédia romântica
Um final de semana com seus amigos no bar
é menos deprimente do que sair e namorar
pois, eles sempre estarão lá pra te apoiar
quinta-feira, 7 de junho de 2012
O Cemitério dos Vivos
Apenas chove dentro do túnel
Atrapalha os carros que em casa querem chegar
e as mulheres que querem alguém para abraçar
Todos os dias acontece pelo menos um acidente dentro deste túnel
Sempre alguém vai embora ou perde um membro
Acontece todos os dias, em todos os lugares
Não importa a música que está tocando
o momento que está vivendo
Os acidentes fazem parte da nosso rotina
A morte vos acompanha em cada colina
até nas paisagens mais belas
imagine nas mais tristes
Levam para o céu aqueles que mal algum fizeram
Mandam ao julgamento os que tem dívidas
Deixam na terra todo o mal que poderia existir
O túnel é um caminho de reflexão
um reflexo de decisão nos dias de chuva
Este trânsito além de lhe entediar
deveria te acalmar
pois, talvez seja a única oportunidade que você tem
para realmente pensar
terça-feira, 29 de maio de 2012
Alienação Pedagógica
- A manipulação do Estado inicia-se nas escolas, quando o aluno é obrigado a cumprir uma carga horária de 6 horas diárias e também é submetido a estar preso a cadeado como se fosse um criminoso, como se houvesse cometido o assassinato de uma família burguesa. Levando em conta ao ensino o qual muitas vezes é precário, o aluno torna-se então, marionete de marionetes, com discursos reacionários de professores em que muitas vezes são despolitizados e extremamente antiéticos.
- Fazendo uma análise, não há direitos claros para os alunos na maiorias das escolas financiadas pelo Estado, principalmente em escolas próximas de periferias, aonde nem o Grêmio tem o direito de promover uma Manifestação que vá contra a administração, quando também os alunos não tem o direito de promover uma eleição de Grêmio, pois, a administração nota que será prejudicada dependendo dos alunos que estiverem cumprindo funções dentro da chapa. Então, mais uma vez a administração com suas fardas de grifes e seus cassetetes de apelo moral agridem o estudante, principalmente o do Ensino Médio, preparando o mesmo para ser um operário que irá cumprir horários absurdos, como uma jornada de 9 horas diárias e recebendo um pouco mais de um salário mínimo, pois, o Estado não distribui pão para matar a fome, mas, migalhas para disfarça-la.
- A princípio que tal começarmos a reagir verbalmente em cada escola pública? Com argumentos bem elaborados e a Constituição em mãos, para que não mais sejamos agredidos pelas marionetes administrativas e pelos professores moralistas (claro, existem as exceções), e notem que não somos cães para nos impor vontades absurdas, mas, compreendam que se um fascista tem a voz alta, uma plebe pode fazê-lo mudo. Caso a reação verbal não tenha sucesso algum, nós poderemos reagir pela “violência” como na maioria das revoluções, só que os dedos deverão ser abaixados, mesmo que seja preciso utilizar a força física.
- Estudantes, não vamos mais temer aos designados pelo Fascismo, pois, eles são apenas um, mas, nós somos um milhão.
quarta-feira, 16 de maio de 2012
O Desabafo
São 03:15 da madrugada e eu estou ouvindo Contrane. Fico acordado até essa hora, pois, caso eu não o faça, não conseguirei levantar para ir assistir aula naquela várzea, e sim, eu sou infeliz por ter que ir naquela merda de escola. Não me considero uma pessoa sem cultura, todavia, me sinto emburrecendo naquela merda de Instituição de Ensino, as pessoas de lá fedem, não por não usarem perfume, mas, falta de sutileza e futilidade causam um odor do caralho.
Eu já imaginava que este ano a minha rotina não seria tão boa. Eu já esperava que a minha vida ficaria um tédio quando entrássemos no mês de Abril, e isso irá começar a melhorar, talvez, em Outubro/Novembro, quando estivermos um tanto próximo do verão. Até lá, se eu pudesse dormiria, dormiria e dormiria. Estou me sentindo péssimo, tanto mentalmente, quanto fisicamente. Me sinto enlouquecendo e ficando deprimido, me sinto engordando cada vez mais e envelhecendo precocemente. As pessoas estão notando isso tudo, e além de me aconselharem em algo ou guardarem para elas mesmas, elas fazem questão de vir com seus comentários inconvenientes, como se só elas fossem belas, como se só elas fossem legais o suficiente. A grande verdade, é que ultimamente, quero é que a maioria delas ardam no fogo do inferno. Desejo o mal para muitas delas. Anseio para vê-las perdendo-se e entrando em depressão, pois, poucos são merecedores da felicidade. Maldita NATUREZA HUMANA. Maldito os competidores de carcaças descartáveis.
Um dia você descobre que está sendo esquecido bem aos poucos, e nada pode fazer por isso. Por mais que deixe as portas abertas. Por mais que você demonstre amor o suficiente para tais pessoas. Elas só passam por aquela porta se for para buscar algo. As pessoas só querem em suas vidas, os belos, bem vestidos e ricos. Bondade é só o duro do concreto, para o ser humano.
" Felizes são aqueles que nunca existiram, pois, nunca sonharam em inexistir para conhecerem um paraíso".
domingo, 6 de maio de 2012
As cartas que eu não mando
Quinta-feira, 19 de Novembro de 1990
Querida Lita, é um grande clichê, todavia,
estou morrendo de saudades de ti. A vida está difícil aqui no Sertão, chove
pouco, e está muito sol, como de costume. O dinheiro que eu ganho é com coco de
cabra, eu colho e vendo no Mercado Municipal, pelo menos consigo comprar
alimento, já que aqui eu não me preocupo muito com energia elétrica.
Sabe, aquela vez que você veio foi muito
gostoso, observamos o luar com cheiro de coco de vaca, mas, estava bom.
Acredita que toda vez que eu sinto o cheiro de coco de vaca, eu lembro de você?
é nojento, e pode ser até ofensivo para quem estiver lendo essa carta a não ser
você, mas, só você sabe das nossas palhaçadas, e de como tentamos fugir desses
padrões que as pessoas impõem sobre respeito. As vezes eu ligo o rádio, e
lembro muito de você, poucas vezes tocam uma música que fala da gente, mas,
toda vez que eu a escuto, eu lembro de nós, essa música se chama Maurício”, e é
do Legião Urbana. Se lembra quando a gente ia para os bailes, e de repente
tocava Geração Coca-Cola? Então, a gente pogava que nem louco ao ouvir essa
música, e as pessoas morriam de inveja, pois, ninguém agitava como a gente, só
nós do baile íamos para sons de punk rock. Lembra também quando tínhamos uns 13
anos, e trocávamos figurinhas de um
álbum do “sistema solar”? tinha uma página que era para completar o sistema
solar, e as outras mostravam alguns deuses, algumas coisas de astrologia, e
como era o signo em sua forma física. Foi aí, que começamos a ficar horas no
quarto, falando sobre as qualidades e defeitos dos nossos signos. É inverno em São Paulo, e o seu signo talvez
não combine tanto com esse tempo, mas, espero que você arranje alguém para te
aquecer nesse frio que é infernal.
Lita, você sempre soube que você é o amor da
minha vida, mas, o meu signo sempre presou pela liberdade, logo, eu quero que
isso seja recíproco e também ético. O meu amor, é o verdadeiro sentido do “amor
platônico”, sua tolinha, e toda vez que eu vou para aí, ou você vem pra cá, a
gente se diverte e mata as nossas saudades. Estava contando para um amigo que
mora em um sítio aqui perto sobre o meu primeiro beijo, ele ficou horrorizado
quando eu disse que foi com 12 anos, e eu ainda disse com o maior orgulho: -
FOI COM A LITA!
Estou juntando um dinheiro para ir pra São
Paulo no final do ano, querida, quero assistir uma peça de teatro, ir para um
som de punk rock, e ver o otário do Carlos. O Carlos é um cara que eu tenho uma
forte admiração, os anos passaram e ele continua com o mesmo ideal, continua
anarquista, e lendo os livros do Bakunin, mas, ele sempre ficou bravo por eu
colocar os rebites de uma forma que ficassem alinhados.
Lita, fique em paz nesse inverno infernal.
Receba este disco que eu encontrei em uma pequena discoteca da cidade. Nele tem
a música “Maurício”.
Um forte abraço de um indivíduo que sempre te
considerou e amou, Bill Ramos.
quinta-feira, 3 de maio de 2012
Algea
Quando colocastes suas mãos em mim
não me avisastes que estavam tão frias
Meu corpo estava quente, até então
A crueldade está por toda parte
Nos olhos mais belos da cidade
Então, eu me perdi nos espelhos fixados por concreto
e por vaidade me entreguei
e de pseudo-amor me suicidei
O pior suicídio é o de deixar de viver
mas, ainda assim o seu pensamento estar a tona
Não pensas em nada além de derrotas
Os seios fartos e gelados
estão por todos os cantos
As unhas que te arranham e te enchem de prazer
amanhã irão cortar a sua carne
Minha vaidade me deixou cansado
Mas, a vaidade do mundo tem sido tão potente
O sorriso que tu destes
tem sido as lágrimas que caem de minhas pálpebras
não me avisastes que estavam tão frias
Meu corpo estava quente, até então
A crueldade está por toda parte
Nos olhos mais belos da cidade
Então, eu me perdi nos espelhos fixados por concreto
e por vaidade me entreguei
e de pseudo-amor me suicidei
O pior suicídio é o de deixar de viver
mas, ainda assim o seu pensamento estar a tona
Não pensas em nada além de derrotas
Os seios fartos e gelados
estão por todos os cantos
As unhas que te arranham e te enchem de prazer
amanhã irão cortar a sua carne
Minha vaidade me deixou cansado
Mas, a vaidade do mundo tem sido tão potente
O sorriso que tu destes
tem sido as lágrimas que caem de minhas pálpebras
quarta-feira, 2 de maio de 2012
Carta a felicidade
A verdade é que eu me sinto muito cansado. Cansado demais para as mentiras que eu conto para mim mesmo.Cansado das pessoas que entram e saem da minha vida a todo segundo, talvez, ser só durante a vida inteira, seja uma boa certeza.
Queria ser um pouco "auto-suficiente", pelo menos me bastar, sabe? Quero acabar com essa minha vaidade de uma vez por todas, essa minha vaidade tem me deixado cansado, junto com este meu orgulho tosco e pobre.
Esse vazio tem tomado conta do meu ser, e a única coisa que enche o meu coração são as mágoas, as feridas e todos estes demônios que circulam pela cidade de São Paulo.
Quero também, venerar um pouco mais o tempo, que tal, CARPEM DIEM o tempo inteiro? Esse igual tem acabado com os meus dias. Os mesmos erros. As mesmas expectativas. As mesmas insatisfações.
Felicidade, o dia que quiser me visitar, eu vou te buscar na rodoviária. Pode trazer quantas malas que você quiser, e espero que você não se importe de dormir no sofá da sala, até porque ele é mais confortável que a minha cama. Não esqueça, também, de trazer roupas de frio, pois, as ruas de São Paulo no inverno são muito frias, e também melancólicas. Traga um maço de cigarros, também, iremos precisar bastante.
" Me sinto tão só, e dizem que a solidão até que me cai bem".
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