quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Os sonhos de Ohmlyn

É outubro e muito calor
Mas o céu azul aparenta escuridão
A chuva cai do céu como fogo
Queima toda a esperança
E as crianças deveriam festejar a morte
A morte dessas flores que não são reais
Festejam logo este nada
Essa podridão infinita
A  rasteira que a vida nos dá
Este sexo sem prazer
Como dói saber disto e não poder ativar
O sol que não queima
A vida que não é alheia
Pois cada ser vive
Mas vive em alheios
Vive e vive sem vivência alguma
Se cortam com cacos de vidros contaminados
E o gosto de ferrugem deste sangue
Torna-se mais saboroso do que a alegria
É o mesmo sabor da desgraça humana
Do homem desencantado
Da mulher perdida nas estações
E do garoto dormindo no terminal

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