segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Anestesia

Vomito as minhas mágoas no banheiro do bar
Com músicas tolas e cervejas quentes
Que anestesia toda a saudade
Sem jamais esquecer dessa dor

Mais uma dose de cunhaque e uma de amor
É assim que eu vejo  a foto da água suja
Refletindo o rosto de uma grande amada
Que adormece e ajoelha-se perante um novo rei
Pois um dia, fui o escravo, armadura e espada
Reluzia o se nome em todas as paredes

Mas, hoje quando me perguntam
Quando me encontram sóbrio
Não os deixo de responder
Que a vida, é sempre um vai e vem
E nem sempre a gente termina bem e é assim que tem que ser
Então, entre em um bar, sente no canto
Peça um Martine e logo após, qualquer cerveja
Ao embaçar a sua vista, se lembre
Que não passa de anestesia

Beba também, uma dose de vinho seco
Encoste em uma parede, ou sente em uma calçada
Acenda mais um cigarro ou mais dois
Trague como se fosse aroma de amor
E não se esqueça, é tudo anestesia
Depois, qualquer dor se distãncia
Pelo menos, esta noite, terás anestesia

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