domingo, 30 de janeiro de 2011

 Sua depressão é algo sistemático
 E o seu amor, é consumido como Coca-Cola
 Não vem me dizer, da sua sabedoria
 Pois, tudo o que você procura saber
 é para ganhar dinheiro

 Você fala de Deus
 Que a única riqueza que temos, é a fé
 Mas, na verdade, a sua moeda tem o nome do nosso criador

 Muito garotos, morrem por bobagens
 Por facadas e por drogas das antigas
 Porque o sucesso, é o que o seu sistema ordena
 e então, mostra para as crianças, que o pilantra da tv, é o melhor

 O seu tênis novo
 é tão velho, quanto este mundo
 e chama todo mundo de careta

Suas músicas, são todas alegres
Mas, só pensaram em si próprio
 Como, querer o nosso bem
 Se não pensamos no nosso próximo

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

 As garrafas de Heineken, compradas a prestação
 Estavam jogadas pelo chão daquele quarto imundo
 Com paredes cheias de fotos de derrotados
 Como Sid Vicious, Morrison e Samsa

 Os livros, estavam todos comidos e jogados pelo chão
 misturados com cigarros e preservativos
 que estavam escondidos atrás do armário cheio de cupins

 Baratas saindo pra fora do coturno
Mulheres dormindo nas minúsculas almofadas daquele sofá pulguento
Onde dorme, as vezes, um cão com mais de 10 anos de existência
cujo o qual, está perdendo a sua pele

E o dono deste quarto, aonde está?
Procuraram o mesmo em ciam do telhado,
Olharam, se por acaso o mesmo, já não estava vomitando
Foram visitar a igreja, também
e andaram pela galeria do rock, inteirinha...
aonde estava o tolinho?

Após, muitas voltas pelos becos de São Paulo
voltaram ao quarto imundo
e retornaram ao sono ou sonho

O tolo, estava procurando a si próprio,
com os próprios hóspedes do quarto imundo
pois, já, não sabia mais, quem era
o mesmo chamava de amigos, as baratas
AS BARATAS!
Me tira daqui
Pois, eu não aguento mais
Essa gente podre e sem graça
Que me convidam para não estarem só
e quando se cansam, me mandam ir

Me leve pra qualquer lugar
pra sua casa ou para um bar
acredito que será bem melhor
quem sabe, me mostrar os teus discos
as suas roupas e maquiagens
ou então, falar de seus antigos namorados
e amigos...

Me leve pra qualquer morro
Tendo a luz do sol
ou o brilho da lua
e um pouco de paz, já me deixará bem
é só falar mais de você e da sua vida
não importa, se amanhecer mais de três vezes
o meu sono não irá atrapalhar em nada

Mas, me deixe tirar os seus sapatos
Massagear teus pés
ou então, se quiser, durma em meus hombros
e deixe um pouco mais para amanhã

Só vos peço...
Me tire daqui!
Me iludi com você
Nos previ em um cinema brasileiro barato
Comprando uma garrada de whiskey de má qualidade
Beijando-a no centro de São Paulo
Me carregando e acendendo o meu cigarro

Acreditei por um minuto
Que sairia abraçada comigo e com os meus amigos
Indo para um baile de punk
Cantar em um Karaokê e logo após dançar um Rockabilly
Mas, me enganei
Rocker, Punk Rock ou os meus sonhos
nasceram para me individualizar e viver sem amor
só os curto, ao estar me sentindo só
empurrando cada vez mais, a minha jaqueta de couro
e sujando cada vez mais o meu tênis

Mas, eu andando pelas ruas
E me lembro de você
Ouço as músicas e me imagino ao seu lado
As escutando sentandos em uma praça
ou no seu prórpio quarto
deitados na sua cama, como foi um dia
Será que se lembra?
Paredes rosas e camisetas do ramones
 Sonho em um dia
 Passar pelas ruas da Barra Funda
 Com uma garrafa de álcool na mão
 E em outra... um cigarro barato e ao fim

 Pois, eu sempre soube que o seu teatro é por lá
 Aproveitando a outra parte de um sonho
 Mostra-la o que fez comigo
 Passar e não reconhece-la e logo em seguida cair na calçada e vomitar
 Vomitar fígado e algumas folhas de ervas e ser regeitado...
 Pelos amigos, pelos parentes
 Com as calças sujas e a barba por fazer

 Talvez, apoie em você
 E meus braços estejam cortados
 Suje quem sabe, a sua camisa de sangue
 ou vomite em seus pés
 Sei, que poderás me ajudar
ou me jogar pelas escadas daquele shopping
mas, é só um sonho

 A vida, a cada vez me impede de chegar perto de ti
 Ocupa o meu horário, me manda pra onde, talvez, você não passe
 Me agrupando a tipos de amizades, que nunca estarão perto de ti
 E jamais saberão de teu rosto e de tua voz

Conto como um conto de fadas
talvez, a Dama e o Vagabundo
ou então, a Bela e a Fera
e não se sabe jamais, como tem que ser
Pra sempre, jamais me esquecerei
Aos novos e aos antigos
Sempre contarei essa história

Anestesia

Vomito as minhas mágoas no banheiro do bar
Com músicas tolas e cervejas quentes
Que anestesia toda a saudade
Sem jamais esquecer dessa dor

Mais uma dose de cunhaque e uma de amor
É assim que eu vejo  a foto da água suja
Refletindo o rosto de uma grande amada
Que adormece e ajoelha-se perante um novo rei
Pois um dia, fui o escravo, armadura e espada
Reluzia o se nome em todas as paredes

Mas, hoje quando me perguntam
Quando me encontram sóbrio
Não os deixo de responder
Que a vida, é sempre um vai e vem
E nem sempre a gente termina bem e é assim que tem que ser
Então, entre em um bar, sente no canto
Peça um Martine e logo após, qualquer cerveja
Ao embaçar a sua vista, se lembre
Que não passa de anestesia

Beba também, uma dose de vinho seco
Encoste em uma parede, ou sente em uma calçada
Acenda mais um cigarro ou mais dois
Trague como se fosse aroma de amor
E não se esqueça, é tudo anestesia
Depois, qualquer dor se distãncia
Pelo menos, esta noite, terás anestesia
  Busco a inspiração
  Para as palavras que eu gostaria de ler
  Ao rítmo que a vida gostaria de ser mostrada
  Por isso, me perco ao meio de tantas canções e gostos
  Ao meio de tantas preferências e referências
 
 Esqueci quem são meus ídolos
 ou me lembro a todo momento quem foram eles
 e dos que sempre serão
 na dúvida daqueles que são

 São coisas que eu sei que irei escrever
 E logo após, colocar no final da gaveta
 Como fiz com as outras poesias
 Com fiz com as outras epifanias
 Com esta, não poderia ser diferente

 Prevejo, antes de começar o ano
 A poeira que verei no próximo
 Isto, se realmente não for o fim
 Se realmente, as crianças do parque
 Não estiverem brincando
 Quando dizerem:
 - Este é o nosso último ano de vida

 O mau da infantilidade
 É a repetição de palavras, dos que ouvem dos pais
 Mas, ao crescerem
 O mau dos pais, é a forma insuportável,
 ao ouvirem, o que sai da boca de seus filhos

 Será que realmente, deixaremos tudo desabar?
 Será que os sentimentos voltam?
 Que o adulto volta a ser criança, novamente?
 
 A grande verdade da vida
 é que tudo volta conforme os mesmos erros que sempre cometemos
 torna-se impossível, aprendermos com nós mesmos
 pois, a nossa vivência é sempre insufienciente
 perante a carne do próximo
 Uma certa notabilidade que eu tenho, é o fato deste blog ser apenas para um certo desabafo e desenvolvimento, pois, as pessoas parecem não estarem vindo visitar este meu blog, o que me deixa mais alegre, é que eu possuo o mesmo, mais ou menos desde de junho.
  Vamos recapitular a criação deste blog. Criei o mesmo, com o intuito de expressar toda a minha falta de fé em Deus, toda a minha irritabilidade e indignação com o mundo e com o tal do ''amor'', dando nome ao blog como ''poesia do horror'', uma mera junção entre poesias e ao que há de horroso na vida. No mesmo, eu divulguei a minha passagem pela Rua Augusta, as minhas depressões pós baladas e bebidas, o meu sofrimento pela perca de um grande amor, o meu sentimento de rejeição pelas pessoas e é claro, o meu sentimento de solidão.
  Hoje em dia, eu não tenho postado tanto negatividade perante o mesmo.

sábado, 22 de janeiro de 2011

 Nos olhos da Monalisa
 Em campos arcadistas
 Neste tal bucolismo, vejo a desgraça da alma
 Mesmo que se pratique o veganismo
 Nossos dentes mastigam a carne da alma

 É o sangue falso se Lugosi's
 Com certeza, é a mesma mentira
 Ao sacerdotismo da cruz de pedra
 Em baixo de ossos sem valores
 Que valorisam igual metal

A grande diferença da luta e do pensamento
São as sementes plantadas e mau esperança de colheita
Pois, praticando-se o colhimento imediato
Naturalmente se reconhece os olhos de verdadeiros desejos

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

 Noto o recomeço tratado como sorte
 Com um pouco de desespero
 Na vontade de que chegue logo
 Tal dia, tal noite
  Espero a cada hora, uma nova derrota
  No intuito de poder recomeçar
  E ver um novo horizonte
  Pois, mentem para nós
  A respeito de que somos os melhores
  Sendo que na verdade, as mesmas vespas que desviaram de nós
  Serão as mesmas vespas que voarão para trás e nos encomodarão

 Não é pela língua que quero chegar no ponto mais alto
 E sim, pela cabeça juvenil, que faz nascer um novo homem
 Pela cabeça juvenil, que faz nascer um homem
 Na exatidão de alegrar os velhos, quando jovens
 Em virtude de alegrar os jovens, enquanto velho
 Acreditando no melhor da carne, ou da vida
 Pois, a vida é inexistente para os que não vivem
 E imortal para aqueles que planejam e tem calma

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

  Um homem deve ter pelo menos
  Uma boa noite, de sonhos e não tantos pesadelos
  Pois, o mesmo deve sacrficar-se com o trabalho
 
  Acordei um belo dia, exausto, dessa noite cheia de pesadelos
  Mau conseguia levantar-me
  Me  locomovia, sem o ato de locomoção
  E mau conseguia olhar para as minhas pernas
  Para as minhas pequenas pernas

 Coçavam em excesso o meu peito
 Sim, existiam bichos sujos por meus pêlos
 E uma maçã podre em minhas costas
 Que atiraram, ao me ver contrariado
 Acompanho o interlúdio na pausa da minha vida
 Existem alguns isntrumentos de origem arcaíca
 Canções, compostas por autores malditos
 Por autores boêmios e fatigados

Aprecio a escuridão do meu quarto, em uma noite de verão
Escutando os trovões, lá fora
As águas curandeiras descendo
Descendo e destruindo terras de ricos e pobres
Eis o castigo da vida!
A materialização que tanto construímos
Sendo destroçada, pela naturalidade, que nunca ligamos

Nem sempre, temos respostas que queremos ouvir
O inexperado, sempre será prestigiado
Eis, o mistério disto tudo
Será que existe, esse tal ''destino''?
Ou será, que deixamos tudo desabar?

Aprecio os meus bois sendo sacrificados
Em gados incendiados por água podre
Carne sendo devorada, ao passar do ponto
Mastigando com dentes ocultos
A mesma carne, que temíamos
E nunca, a carne que desejavamos, nunca!

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

 Ando meio que sem inspiração ultimamente, meio que sei lá. Dizem que quando estamos felizes, é difícil encontrar as palavras exatas para colocarmos em poesias, espero que eu continue sem inspiração, então, pois... é tão bom, encontrar-se bem, alegre, com mágoas reduzidas... assim, eu espero que permaneça.
  Estou entrando em uma nova fase, possivelmente, até com um novo emprego, mas, possivelmente, nada garantido. Possivelmente, também, eu continue estudando no período diuno da escola, será um prazer imenso, continuar tendo aulas com a Professora Joana e Ana Maria, terminar a escola, com um apoio destes, não tem preço. Pretendo estar desenvolvendo mais ainda, este ano, estar desenvolvendo melhores escritas, estar  tendo um certo ''rendimento'' em questão de aprendizagem. Em breve, estarei começando a ler novos livros, a comprar novos livros, também. Mau posso esperar, por tudo isso.
 Espero, que neste ano, eu encontre alguém que me faça bem, sabe? alguém que me satisfaça, que me faça bem, que me dê inspiração para escrever novos textos, poesias e músicas. Alguém que eu ande de mãos dadas, com todo o prazer. Alguém, que eu escute uma música, e lembre da mesma, sem sentir tristeza. Alguém, que quando vier na minha cabeça, não me faça sentir dor, e sim, pensar: '' Mau posso espera-la, para vê-la''. Espero que eu encontre este alguém.
 Enquanto isso, vou me cuidando emocionalmente e fisicamente. Comprando novas roupas, cortando o cabelo, fazendo a barba, mantendo o tênis limpo, as unhas cortadas, comendo coisas mais saudáveis para evitar olheiras. Fazendo aquilo, que posso chamar de ''Melhor Pra Mim''.
 Amanheci em um dia de sol
 Em movimento permanente
 Sim, estava sol, e sem movimento
 Acreditava ter perdido o bem mais precioso da vida
 Acreditava ter perdido, a minha companhia

 Mas, o tempo passou
 A terra girou
Acordei em vários dias de sol
 Com os dias em movimento
 Tudo em mudança

 As vezes, bate uma saudade dos velhos tempos
 Da minha antiga compahia
 Mas, fica a lembrança na cabeça
 De que o meu melhor poderia ter sido dado
 A verdade, é que nem sempre temos respostas, que queremos ouvir
 Felicidade, talvez, seja isto

sábado, 15 de janeiro de 2011

 Triste seria, vê-la morta ao meu lado
 Comendo uma comida que já está enjoada
 Levando uma vida, que não a diz quem realmente é...
 A tristeza está aí

 É errado escolher o adeus
 Principalmente para a lua
 Mas, logo dizemos ''Olá'', ao sol
 Logo nasce o sol, e logo após nasce a lua
 Pena é, que um deles tem de ir embora

 Ter estado longe de ti, tem sido mais ou menos desta forma
 A cada cantinho, um conhecido nos vê...
 Um conhecido me vê em um parque
 Outro, vos vê em uma livraria

 A cada cantinho, é aonde ficam
 '' Os meus pedaços''
E não vos digo que isso é ruim
Me trouxe algo, pelo menos...

'' AS MUDANÇAS''

 Agora, um certo conceito está a ser formado, ''QUEM REALMENTE SOU''. O planeta mudou de posição, o zodíaco acompanhou o mesmo... os aquarianos tornaram-se Capricornianos... Os Piscianos tornaram-se Arianos e todas as pessoas mudaram, mudaram demais. Aqueles que não choravam, passarão a chorar, aqueles que choravam, passarão a rir... e outros continuaram como deveriam. A posição da ''TERRA'' mudou junto com o ano que se passou, mais seis anos, 5 anos e dois anos... a conclusão é o que virá. Mas, e aquilo que ficou, onde realmente está? embaixo dos armários?

 Meu pai, hoje, ele me perguntou:

- Onde está aquele menino que colecionava estatuetas de anjinhos, onde está aquele menino que dizia ''Te amo,  mamãe'', onde está?

Quando fui dar a melhor resposta de minha vida:

- Nossa, o celular descarregou!

Realmente, quando fui dizer ao meu pai, sobre aquilo que eu realmente gostava... sobre aquilo que ao invés de dizer, eu teria que mostrar... o celular descarregou, quando o tapa na cara, chegou a ser completado... sim, o celular descarregou e eu não pude dizê-lo... lamento muito, por isso.

 A maior reflexão de um homem seria, '' Como posso ter vivido tanto em minha vida, e hoje eu estar aqui?''. Pois é, como realmente suportamos isso, como chegamos nisto? o que precisou ser feito? será que realmente aconteceu ou que foi realmente um sonho? afinal, a realidade existe?

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Verão, 10 de Janeiro de 2011

Este é o meu primeiro post do ano, o primeiro de muitos outros que estarão por aqui, todos os dias, e dependendo do meu tempo, toda semana. Neste ano, eu não estou muito disposto em querer fazer ''previsões'', quero sim, aquele tal do ''imprevisto'', aquele tal do ''tudo ou nada'', isso sempre deu certo em minha vida... não estou muito afim de ter certeza das coisas e nem de me iludir com aquilo que já se foi... e nem de me iludir com aquilo que não existe. Me considerarei novamente, um ''vencedor'' se este desejo for realizado.
 Dentre estes anos que se passaram, o ano com maiores metas atingidas, foi o ano de 2009... foi um ano de libertação, um ano de reconstrução e construção. Em questão do ano de 2010, foi um ano de demolições, descobrimentos, depressões, choros, descórdias... idas e vindas, parecido muito com a tal da ''Guerra Fria'', parecia mais que eu ficava trocando de estação em um único dia, nada muito ''estável'', nada ''concreto'', nada... que me motivasse... não existiram dias em que eu dentei a minha cabeça no sofá e pensei : ''Enfim, eu estou ótimo, eu estou bem... ''. Foi simplesmente: ''Quantas coisas para se preocupar, quantos arrependimentos, voltaaaaa 2009, voooltaaaaaaa Renato Russo... voooooolteeeeeeeem''.

 E no ano de 2011, o que virá?

 ''Só vos dou, as boas vindas meu amigo''.