quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

 Este ano, acredito que foi o ano da verdadeira ''realidade'', do que posso ser e do que não posso ser. Aprendi que talvez o ''Adeus'', pode não ser a pior desfeita... que amamos quem nós realmente queremos, e que da mesma forma que devemos compreender as pessoas, por suas decisões ou preferências... as outras pessoas, também devem aprender a pensar da mesma forma... pois, ninguém é dono de ninguém, e todos devem voar pra bem longe se quiserem, ou colocar algemas em si mesmos. Talvez, eu tenha aprendido neste ano, que eu devo fazer absolutamente aquilo que eu gosto, que ninguém deve me dizer o que fazer, quando a questão é ''O que eu realmente quero fazer da minha vida''.
 
 Eu não quero, que as pessoas apareçam novamente, na minha vida do ''nada'' sendo que elas não se identificam mais comigo e eu não me identifico mais com elas. Alguns sentimentos passados, são bons... outros, nada bons, então, tem pessoas que eu quero distância. Estou cansado de me doar demais, de sofrer demais, de dar para os outros aquilo que não moveriam um fiasco para mim... estou cansado de tudo isso, quero aprender a descançar, quando eu estiver ''desgastado'', isso já está ótimo. Ás vezes, parece, que quando queremos uma coisa... mas, nos desencamos um pouco delas... elas começam a acontecer aos poucos, bem aos poucos. O problema está realmente, quando nos encanamos, nos animamos demasiadamente, por aquilo que sentimos que ainda ''não veio''... na verdade, não virá... a empolgação, a ilusão e a inexistência, nunca nos levou para lugar nenhum, muito pelo contrário.

 Pelo ano que está se passando, pelo o ano  que vai vir e pelos outros que virão... acredito que em todos eles, aprenderei a ter certeza de quem eu realmente ''sou''.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Um feliz natal, com dois dias de atraso

 O natal, já se passou, foi um natal um pouco diferenciado dos que eu já tive em minha vida... pelo menos, eu terei algo para lembrar... eu bebi bastante, fumei bastante, vomitei bastante, senti muitas saudades... e tive diversas vontades de chorar, mas, por um lado, foi bom. Foi bom, ter acordado na véspera de natal, para ir trabalhar, me senti pelo menos um ''homem direito''. Foi bom, ter começado a beber vódka pura e gelada, ás 8 horas da manhã. Foi bom, ter ido para um bar que eu nunca havia visto na minha vida, ter comido comidas de bar e ficar sentado ao som do forró... foi bom, pelo simples fato, de não saber muito bem aonde eu estava... de não estar lúcido e sem sequer um pouco de vergonha. Tudo isto, foi bom.
 Neste natal que se passou, o que  melhor pude perceber, foi o valor de como é ''BONITO'', estar comemorando o mesmo em família, de quando dá meia noite, as pessoas começam a se abraçar e se beijarem... pois, naquela noite, algo bonito aconteceu, algo bonito esteve por vir... e nunca deixou de vir e estar... este algo, também foi um alguém.
  Peço perdão  a Deus, por ter me acabado e me entristecido nesta data tão especial... mas, ao Papai Noel e para Deus... peço que no ano que vem, que me deem um presente, peço que me deem um pouco de felicidade... peço um presente simples... peço que no ano de 2011, seja um ano bonito, sem nem muitos sofrimentos... com uma maior disponibilidade para amar, apenas isto eu vos peço.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

'' Adeus Capitú''

 Destroçado por essa água suja
 E pela saudades que me causastes
 Sim, eu sei que estás resolvida e feliz
 E morre de insegurança, com medo do ''acabar''

 Hoje, você faz parte da minha saudade
 Em qualquer momento, eu sinto a sua falta
 Nas missas...
 Ao ir ver os discos
 Ao conhecer um novo título de algum livro
 Eu sinto a sua falta

 Dizem para mim, que eu já vos esqueci
 Mas, eu peço a vidência
 Para que prevejam, se por acaso, eu poderia vos abraçar mais alguma vez

 Nestes meses, eu não vos procurei
 Não olhei para o vosso rosto...
 E não sentirás mais, as minhas mãos em seus braços, outra vez
 Agora, eu não quero falar das flores
 Das coisas que aprendi nos livros e nos discos
 Também, não quero falar deste sol

 Eu quero te falar dos meus amores perdidos
 Do meu coração despedaçado
 Dos pedaços que estão pelo chão
 Do meu espírito que está perdido

 Quero compartlhar contigo, todas as minhas bebedeiras
 A água quente...
 O meu esperar de mais garrafas
 Essa minha rebeldia...

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

O Último Adeus do Ano

 Hoje fui visitar a minha avó, amanhã a mesma vai para o Paraná... irá passar dois meses, por lá, até três, no caso, foi a última vez que a vi, neste ano, pois amanhã ela partirá. Não me entristece o fato da mesma estar ficando dois meses fora, pois sei que ela vai voltar e irá me abraçar, novamente, o que me entristece, é o que vai ficar neste ano '' TUDO QUE FICOU, MESMO, FICOU PRA TRÁS, E HOJE O NOSSO PRESENTE CONCENTE O NUNCA MAIS''. Houve pessoas que nesta semana, eu disse, que infelizmente, não haveria uma outra vez... e realmente, não haverá, e isso dói, mas, o que eu posso fazer, se as mesmas não fazem mais parte da minha vida? não se compactam mais com este meu ''eu''... eu mudei, ela mudaram e o mundo mudou... ficou lá pra trás... na verdade, elas já haviam partido a um certo tempo, só que dessa vez, eu pude dizer ''ADEUS SOFIA, ADEUS''.

Neste ano, fui pisoteado, cuspido e julgado... lavaram suas mãos perante o meu sangue que ficou derramado pelo chão, e essa semana devolveram o meu coração (se a pessoa que devolveu o meu coração esta semana, estiver lendo isto, eu vos agradeço ''Muito obrigado, por ter devolvido ele''). Também, este ano, não responderam muito das minhas expectativas(como se expectativas, nos levassem para algum lugar) e com certeza, foram embora. A culpa não foi só destas pessoas, foi minha também, pela a minha impulsividade, pelo meu jeito de enfrentar as coisas e pelas milhares pedras que tive em minhas mãos... realmente, fui um leão covarde dentro da boca do lixo, fui o leão e o lixo, por isso que essas pessoas foram embora, e arrumaram substitutos... pessoas que pudessem satisfazê-las, que as pudessem fazê-las rirem... mas, acho que essas pessoas, não as fizeram senti-las amadas... a minha diferença que sinto, perante essa substituição, é o fato do meu amor, torna-se pelo menos um pouco mais visível, e poucos são os que são capazes de fazer isso, pois o amor dá vergonha, dá medo, pudor... e para elas, eu fiquei até nu e fiz com que elas não tivessem vergonha alguma, de ficarem nuas a minha frente. Só que neste ano, o nudismo acabou, o amor visível acabou... os olhos pequenos para elas, também acabaram, e as poesias escritas ''do nada'', nunca mais serão lidas, por elas, e eu acho que as mesmas, estão cientes disto.

'' Errado é escolher o deserto, pra ancorar nossas pernas''

'' Só que este ano, o verão acabou''

domingo, 19 de dezembro de 2010

Shakespeare Machadiano Altrista

 Sonhos, são irrealizáveis
 Roupas pretas pelos varais
 Que pegam fogo com este sol atormentador
 Corro em frente
 Os dias passam tão devagar
 E acaba agora...
 A morte se aproxima
 Com venenos de ratos

 Mas, é assim
 Se vens de lá
 Com  as mesmas poeiras do sapato
 é por aqui, que se encontras as câmeras escondidas
 e as doenças incuráveis
 Antipatia, Ódio e Nostalgia

E  não me digas
E não se esqueças
Guarde bem o meu coração
Pois, os meus fígados estão atormentados
Por esta água suja
E meus pumões
Atormentados, por esta fumaça suja

A usura
Tomou conta do retrato
Do castelo com mais de  mil anos

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

'' O antigo textamento''

 Eu me derroto
 Me faço em mil pedaços
 Aprecio vossos passos
 Com os pedaços do meu espírito
 Jogados pelo chão
 Bebendo litros de água suja
 Sem queimar e nem refrescar

 Agora, minhas lágrimas são de sangue
 Minhas garras maiores que as de um demônio
 Um demônio sem cabeça e com coração
 Que fala, em busca da razão
 E quando as escontra, matam todos os meus coelhos
 Cujos os quais, eu iria comer neste jantar

Não venha falar comigo, para me enlouquecer
Já estou louco, louco deste mundo com bom cheiro
Mas, tampastes meu nariz, para não sentir o seu odor

Me abrace fortemente e não me largue mais
Te dou meus manuscritos
E você, me dá um pouco de paz

Onde estou, pra onde fui, o que me tornei?
Ando ao lado de demônios
Apoiando em vossos ombros
Sim, ao lado de demônios
Beijando os seus lábios
E dizendo:
- Sou mais um como você
Sim, eu como você
Como você
Como você
Fui expulso do céu
E estou como você

Saudades

 Uma coisa que eu noto... é que as pessoas realmente, percebem que deixam marcas, muitas marcas... realmente sabem, que todos os dias, lembram delas... realmente sabem, o quanta falta elas causam, mas, elas não causam falta, pelo o que elas foram e sim, por aquilo que elas levaram, cada pessoa que sai da nossa vida, de uma maneira tola ou tosca, leva um pedaço da gente, leva um ponto feliz de nós... leva uma leveza e nos deixa um pouco de chumbo. Não são necessariamente elas, a grande falta de um indivíduo e sim, elas fazem sentir, a falta de si próprio, que foi antes de conhecê-las.

 Já levaram muitos e muitos pedaços meus, me sinto muitas vezes, um homem de 40 anos, sendo que na verdade, eu tenho muitos menos do que 40 anos, mas, me sinto de tal forma. Sinto o meu corpo enferrujado, minha mente cansada, visitante de cinemas setentistas, por mais de 40 anos... só isso, isso quem faz são as pessoas, é aquela coisa chamada ''desgaste'' apenas isso, a saudade na verdade, é dos momentos, é de como foi um dia, como se sentia... pois, as palavras de quem me deixou só e que me levou alguns pedaços, quando as escuto ou as lembro, sinto um certo sangue na garganta e uma vontade de comprar umas cinco garrafas de vinho, para perder a consciência deste meu sangue, que um dia foi limpo.

 Hoje... como ser humano, só vivo de funerais independentes, saiu pelas ruas e volto só no outro dia, bebo o que eu quero, fumo um cigarro se me der vontade... arrumo encrenca e me visto como um punk... ou melhor, vou levando uma vida d epunk, sujando minhas calças e camisetas de água suja e vou mandando todos irem ''Tomar no cu'', fazendo o que sempre tive vontade, na verdade.
 Entre estar só... não me sinto só, não me sinto mau acompanhado e nem bem acompanhado... me sinto ''consequente'' daquilo que fui um dia, podem ter certeza... sempre fui assim e nunca souberam, agora, eu tiro essa minha máscara, eu tiro esta armadura e mostro como realmente é a minha face e como é o meu corpo, me acham bonito só por ter coxas grossas ou por aquilo que realmente sou? me acham bonito, só por parecer não ser brasileiro, ou por aquilo que realmente sou?

'' Não olhem para o meu físico, olhe para a minha dança e escutem minhas palavras''

sábado, 11 de dezembro de 2010

  Agora, são exatamente 11:27 da  noite, o dia foi longo, foi bom... é dificil termos dias longos e bons. Aprendi hoje, que nem tudo que é bom, dura pouco, ás vezes, pode durar muito, quando se tem cervejas, vódkas, pessoas e música(por mais que não seja do gênero que você goste), aprende-se que juntando tudo isso, podemos fazer algo, que é artístico e pode ser feito do nosso jeito, que é dançar... dançar sem compromisso, dançar sem se preocupar, dançar sem voltar pra casa.
 O dia de hoje, acrescentou para mim também, que o melhor dia, pode ser o dia após o outro... ontem não foi muito legal, foi meio estressante, por completo, o trabalho... e principalmente as pessoas, como as pessoas podem ser tão ''individualistas'', como elas podem reclamar tanto das coisas simples?. Eu havia planejado na manhã de ontem, algo bom, qualquer coisa boa... coloquei uma camiseta nova (dos Misfits), uma calça bonita, o meu tênis que havia acabado de secar e passei um perfume, mas, estava um calor complicado, o serviço extremamente lotado e eu estava ficando louco. Deu o horário do meu expediente e eu decidi, ir embora... pensei que relaxaria um pouco, mas, as pessoas...

 O dia de hoje, foi alcoolátra, inconsciente...

Amanhã tem ''DANCE OF DAYS''.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

maratona a '' Verão Enlouquecedor''

A cada desgraça solucionada
Aparece um destino e um desvio
Que me causa uma vontade de chorar

Querendo recuperar os meus heróis
Matei por outros brazões
Arranco os mesmos da parede
E cancelo todos os funerais

Não busco a desgraça do amor
Só sento no bar
Para conversar com os demônios
E bebemos sangue transparente e branco
Nosso sangue, nosso suor
Esse cheiro é insuportável
Também, é enlouquecedor

Desafino cantando
Tropeço andando
E não deixo de continuar
Rodando minhas cordas
Abaixando as minhas notas
Mas, ainda me chamam de intelectual

Mas, não faça isso garota
Eres tão juvenil e não tenha vergonha
Tire essa maquiagem borrada e para
Para de querer não querer ''Não viver''

Eu quero um dia de sol, num copo d'água

 Havia dito que ficaria algumas semanas sem escrever nada, acho que não consigo cumprir nada do que digo

 
A minha ilusão é iluminista
O meu coração é imaginário
Esses volumes abaixo de zero
Do zero começa a vida

A vida acaba hoje
Hoje, é que dizem que começa
O meu querer
Diz que estamos flutuando nessas cervejas quentes
Que estamos fumando os cigarros mais baratos
E não enchergamos um mau locaute

Você disse:
- Vem, vamos além!
Não foi pra mim
Mas, eu fui

São sete horas
Corro para o desespero
Por trocados e vaidade
Por noites estreladas
Tentando correr da neblina
Será?
Será, que deixei de ser?

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

 Tem um certo tempinho, que eu não ando postando quase nada por aqui, na verdade... não tenho sentido tanta vontade de escrever ou realizar leituras, para então, estar postando neste blog. Na verdade, novamente, eu afirmo que estou me dando férias de algumas semanas para realizar novas leituras, escrever novos textos (ou poemas, se preferirem), mas, logo eu, recebendo os meus salários e etc, vou indo até a ''Livraria Cultura'' e comprando alguns livros ou até mesmo, fazendo uma visitinha aos sábados nos sebos do bairro da Lapa.
 Não tenho pretendido nos últimos dias, falar de coisas ''tristes'', sentimentos absolutistas ou coisas do gênero, tenho andado um pouco, com a alma limpa, sinto sentimentos nostálgicos e uma palavra que eu nunca citei em minha vida e muito menos sei se ela existe... um sentimento ''retornista''. Eu estava com sentimentos nostálgicos de coisas que ocorreram, a um ano atrás... sendo que bem lá atrás, tinham coisas bonitas, que eu acabei esquecendo e nem notando naquele tempo, nem notando mesmo, fazendo com que a minha memória, tornasse cada vez mais válida... como uma menina que foi feinha no primário e hoje é uma grande mulher, como um menino que tinha comportamentos homossexuais na segunda-série do Ensino Fundamental, e hoje, assume a sua sexualidade para todos. Quando fiquei conversando no portão, com uma simples pessoa e ela me dizendo isso... foi me dando aquele alívio no peito, aquele sentimento nostálgico purificado e aquela vontade de ser ''feliz'' ou aquela possível conclusão de ''Eu sou feliz''.

''Na minha escola não tem personagem, na minha escola tem gente de verdade''
 ( Homenagem para a Escola Altenfelder, cuja a qual estudei a sete anos atrás)