Escrevo este texto em apoio a todos aqueles que acreditam em vocês mesmos, e em apoio á aqueles que estão desacreditando por conta daqueles que se dizem mais experientes, ou serem os donos da verdade.
Estou cansado de ser jovem, mas, ainda assim, amo a minha juventude por ter tempo de mostrar, e também por ter forças e crenças de que um dia este mundo sujo, estas águas sujas, possam voltar a serem limpas(os). Me desespero, também, pois, sei que por ser jovem, o pior ainda está por vir, e pode ser muito pior do que aquilo que as pessoas que se dizem mais experientes passaram, afinal, ninguém tem nada de bom sem ter sofrido.
Antes de assumir pra mim mesmo que eu era Punk, eu já era perseguido por carecas. Nunca foi da minha natureza achar que devo comprar briga com alguém, mas, querendo ou não, eu tive que fazer isso pra poder ser quem eu realmente sou. Não comprei uma briga apenas com os carecas/nazis, mas, também com a burguesia, com os padrões, e tudo aquilo que tem definido a vida do ser humano desde há tempos. Lembro exatamente de um dia que fui ameaçado pela internet por conta de uma camiseta da banda a qual eu estava usando na foto, nela estava escrita “Punk Is Not Dead”, e pode ser bem clichê o ocorrido, mas, quando não se tem muita experiência causa um pouco de desconforto, afinal, eu não era um cara que costumava arrumar brigas, a única coisa que eu queria era curtir a música que eu gostava.
Com o passar do tempo, esse meu desconforto em ter sido ameaçado pela internet pelo simples fato de estar usando a camiseta de uma banda que eu gostava, passou a chamar-se REVOLTA, pois, o indivíduo tinha invadido a minha privacidade, e ainda por cima me ameaçou de morte, dizendo que sabia aonde era a minha casa. Passaram-se alguns anos, e eu já me dizia Punk, todavia, tinha contato com poucas pessoas e etc, só que eu escrevia os meus textos, ouvia umas bandas bem undergrounds, como “Asta Kask”, “Chaos U.K”, “7 Seconds”, “Olho Seco” e etc, e andava no visual (pois, eu simplesmente gostava), quando um belo dia, eu estava saindo do trabalho, e uma mulher “Testemunha de Jeová”, me parou pra conversar sobre leituras, essas coisas... quando eu olho, passa uma banca de nazis me xingando, dizendo que eu era podre, e que eles iriam me matar. Bom, os nazis esperaram eu terminar de conversar com a mulher, e resolveram vir atrás de mim com tacos de baseboll, consegui correr, e entrar em um shopping que tinha lá perto.
Agora, eu me pergunto. Por que muitos dizem: “Oh, é fácil ser Punk hoje em dia, pois, ninguém tem que lutar contra nada, afinal, o Brasil já é Capitalista. Se o cara é Punk, é por pura modinha”?. Puta que o pariu, aonde eu vou, eu corro o risco de tomar uma facada de um nazi, ou de um careca, pois, tem mais gente entrando pro Front 88, do que, tornando-se headbanger. Se eu encontro um Punk das antigas, como um SP Punk, um Phuneral Punk, além do cara me cumprimentar, falar sobre as experiências dele em todos estes anos, o indivíduo simplesmente quer tomar um botom, me intimar, ou me tratar com desdém, por simplesmente não ser da mesma geração que a dele(se bem que eu acho que enquanto todos estão vivos, todos fazem parte da mesma geração). Tirando as patifarias que ocorrem pela cena antifascista, aonde muitos ficam procurando em cada pessoa, motivos para taxar o outro de “pilantra”, “fascista” e até mesmo “preconceituoso”.
Sabem quem na maioria das vezes passam por isso? Aqueles que muitos chamam de “nova geração”. Aqueles que muitos taxam como “novato”, assim como em banca de careca, isso mesmo.
Está na hora, de nós não abaixarmos mais a cabeça para esses que se dizem mais “experientes”, pois, nós estamos aqui para dar prosseguimento a cena, ou se for preciso, reconstruíla.
Então, seu filho da puta, vagabundo de jaqueta preta, LEVANTE PUNK!
História que se repete como foi no passado
ResponderExcluirLucro pru senhor de engenho nóis continua escravo.
Não sou punk, porém devoto grande admiração pelo movimento, não pelo visual, ou música, ou mesmo por de certa forma alguns tomarem por modismo o visual, o que me faz admirar o movimento é o fato de ser um grito de liberdade para mentes cansadas da opressão, mentes cansadas de um mundo desigual, de ditadores que se fingem de democráticos, de convenções que às vezes nos fazem nos odiar por ser diferentes daquilo que é imposto. É por isso que eu acho o movimento digno de admiração, o que me entristece é que a luta é de todos e ao invés de quererem agregar, em certos momentos segregam da mesma maneira que o capitalismo, contra o qual tanto se luta. A união faz a força (clichê, porém verdadeiro). Esse tipo de discriminação dentro de um movimento, pode fazer com que pessoas que realmente tenham interesse em lutar por ele afastem-se e o movimento sucumba, são as novas gerações que vão continuar o legado e o apoio de quem já tem experiência é bastante válido. Também não sou comunista, mas concluo: Proletários uni-vos!
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