quinta-feira, 26 de abril de 2012
Canção para não ficar triste
Hoje a cidade está tão vazia
as pessoas todas resolveram dormir
e sem elas, parece até que não tenho aonde ir
Eu quero te ver
mas, não quero incomodar
Ontem o sol estava tão frio
Nada mais é como era antigamente
as crianças resolveram crescer tão derrepente
Vamos sentar e relembrar
os dias que adultos nunca na vida queríamos ficar
Menina bonita porque és tão triste
os tempos mudaram, mas, você ainda existe
As luzes se apagaram
Mas, o brilho dos seus olhos estão acesos
Quero sentir o seu coração gritar
Ver a sua alma dançar
com as quatro estações
e entender de uma vez por todas
que a vida funciona todo dia
Todo dia é dia de um novo começo
Cada hora é hora
de na verdade nunca irmos embora
Só não volte pro mundo
aonde você não existe
Canção para nunca mais acordar
Invente uma doença
que me deixa em casa pra sonhar
pois, neste mundo eu nunca mais quero acordar
Esteja você sempre aonde está
longe do teu lado, eu nunca mais quero ficar
O teu sorriso é brilho como uma estrela guia
A sua pele é fria, como esta chuva
Ah, meu amor, não fique assim
Um dia a primavera irá voltar
para te confortar
Nada mais vale do que o teu encanto
Oh, maldito dia que eu entrar em prantos
Me abrace forte e quente
pois, neste frio, longe da solidão bem quero estar
Quem sabe um dia a gente volta para o nosso lugar
pois, nós não somos daqui
Somos de uma terra bem distante
aonde bem perto do mar,
nossos filhos sempre vão ficar
quarta-feira, 25 de abril de 2012
Quando as chamas de ontem
não estiverem mais acezas no dia de hoje
o filme que tanto sonhávamos
finalmente terás o seu fim
Tempo não é uma maldição
para alimentar nossa tristeza
e sim, um momento de reflexão
para encher de fartura a mesa da nossa saudade
Quando a chuva começar a cair na minha plantação
Pararei de colher os coelhos que já foram mortos
pelas lamentações da desconsideração
e pela importância do descaso
Guerreiros não matam almas
não competem para ocupar lugares
muito menos querem ser reis
e depois julgar o trono alheio
No frio do calor reconhecerá
de que não vale oprimir
a saudade que sentiste da inocência tão vazia
não estiverem mais acezas no dia de hoje
o filme que tanto sonhávamos
finalmente terás o seu fim
Tempo não é uma maldição
para alimentar nossa tristeza
e sim, um momento de reflexão
para encher de fartura a mesa da nossa saudade
Quando a chuva começar a cair na minha plantação
Pararei de colher os coelhos que já foram mortos
pelas lamentações da desconsideração
e pela importância do descaso
Guerreiros não matam almas
não competem para ocupar lugares
muito menos querem ser reis
e depois julgar o trono alheio
No frio do calor reconhecerá
de que não vale oprimir
a saudade que sentiste da inocência tão vazia
terça-feira, 24 de abril de 2012
Treinamento de Rimas
Hoje eu caminho sem saber porque
Muitas vezes até sem querer
mas, pouco me engano
de que em algum momento desta vida existirá um encanto
O nosso amor pode ser lindo
Sem nem sequer ter passado um minuto, eu já senti saudades
é bobo, é fútil, e tão lindo
o verdadeiro é tão poético, antisintético
Quando o dia amanhecer
verei o sol nascer, e dizer:
HOJE EU AMANHEÇO POR VOCÊ
A nossa vida é tão clichê
mas, um dia eu prometo encontra uma rima rara pra você
terça-feira, 17 de abril de 2012
The Expectations
Pela janela dos edifício eu a via passando. Tinha um olhar de auto-suficiência, segundo a minha subjetividade. Nos braços ela carregava um livro chamado "O Mundo de Sofia", e por baixo da camiseta quadriculada conseguia ver nitidamente o logo da banda britânica "The Smiths", logo pensei: - Auto-suficiência, filosofia e depressão, me traria um pouco de felicidade. Talvez, até me afastaria da carência.
Tivemos em Novembro de 1997, o imenso prazer de nos conhecermos. Ela tinha olhos pequenos e míopes, unha roída e voz nazal, logo, eu confirmei o quão perfeita era, pois, um atrativo para mim, é o simples fato de não se importar em atrair alheios. Fui inconveniente e logo disse: - O " The Queen Is Dead" está em casa, que tal ouvirmos essa semana?
- Bem que eu gostaria, mas, combinei com os meus amigos de irmos ao Star Bucks. Nossa, como eu sou Capitalista, não achas?
- Confesso pra você que mesmo eu sendo Punk, as vezes vou ao Burger King. Aparenta ser Capitalista, mais do que você que não assume nenhum tipo de ideologia, todavia, se formos analisar Karl Marx, o mesmo nunca julgou uma sociedade industrializada. Se nem Karl Marx o grande filósofo julgou a indústria, por que eu deixaria de consumir o que me parece bom?
- Nossa, que bom que você pensa de tal forma. Odeio as pessoas que são hipócritas e utópicas, a tecnologia é uma evolução do homem, pra que destruí-la, não é mesmo? O homem tem toda a capacidade de criar uma tecnologia que não seja prejudicial a natureza, também, como por exemplo "armar as árvores".
Eu ri da compreensão e conhecimento, e mesmo ela tendo recusado o convite de ir até a minha casa, ouvir o clássico álbum da banda The Smiths, eu tive certeza que tanto o The Smiths, quanto o CRASS, seria a trilha sonora de alguma experiência entre nós dois, pois, eu notei que se não tiver nenhuma expectativa, o melhor poderá acontecer, afinal.
Tivemos em Novembro de 1997, o imenso prazer de nos conhecermos. Ela tinha olhos pequenos e míopes, unha roída e voz nazal, logo, eu confirmei o quão perfeita era, pois, um atrativo para mim, é o simples fato de não se importar em atrair alheios. Fui inconveniente e logo disse: - O " The Queen Is Dead" está em casa, que tal ouvirmos essa semana?
- Bem que eu gostaria, mas, combinei com os meus amigos de irmos ao Star Bucks. Nossa, como eu sou Capitalista, não achas?
- Confesso pra você que mesmo eu sendo Punk, as vezes vou ao Burger King. Aparenta ser Capitalista, mais do que você que não assume nenhum tipo de ideologia, todavia, se formos analisar Karl Marx, o mesmo nunca julgou uma sociedade industrializada. Se nem Karl Marx o grande filósofo julgou a indústria, por que eu deixaria de consumir o que me parece bom?
- Nossa, que bom que você pensa de tal forma. Odeio as pessoas que são hipócritas e utópicas, a tecnologia é uma evolução do homem, pra que destruí-la, não é mesmo? O homem tem toda a capacidade de criar uma tecnologia que não seja prejudicial a natureza, também, como por exemplo "armar as árvores".
Eu ri da compreensão e conhecimento, e mesmo ela tendo recusado o convite de ir até a minha casa, ouvir o clássico álbum da banda The Smiths, eu tive certeza que tanto o The Smiths, quanto o CRASS, seria a trilha sonora de alguma experiência entre nós dois, pois, eu notei que se não tiver nenhuma expectativa, o melhor poderá acontecer, afinal.
Existe um momento em que você coloca tudo a perder
Apenas uma palavra em meio as alegrias, abala toda a plantação
Carlos Drummond de Andrade que dizia, em que devemos domar as palavras
Acredito também, em que a palavra é como a dança das estações
mas, infelizmente, eu pisei nos seus pés
Aquela valsa
Aquele bolero
Infelizmente, transpareceu vulgar como essas danças mau dançadas
Transpareceu uma dor de busca ao prazer
mas, isto não é nossa culpa
Quem sabe um dia, eu escreva uma canção pra você
provando-lhe que o sistema que você odeia, é o mesmo que você suporta
e o que eu tenho sentido não tem sido suportável
Apenas uma palavra em meio as alegrias, abala toda a plantação
Carlos Drummond de Andrade que dizia, em que devemos domar as palavras
Acredito também, em que a palavra é como a dança das estações
mas, infelizmente, eu pisei nos seus pés
Aquela valsa
Aquele bolero
Infelizmente, transpareceu vulgar como essas danças mau dançadas
Transpareceu uma dor de busca ao prazer
mas, isto não é nossa culpa
Quem sabe um dia, eu escreva uma canção pra você
provando-lhe que o sistema que você odeia, é o mesmo que você suporta
e o que eu tenho sentido não tem sido suportável
segunda-feira, 16 de abril de 2012
É tão pequeno, e as vezes tão vazio
As incertezas passam nos comerciais de cigarros
mas, a gente se diverte, pois a vida é assim mesmo
As vezes as coisas são difíceis
Amores mau resolvidos
Amizades anti-coleguistas
só que você sabe enfrentar a beleza e as dores desta vida
Muitas vezes, eu penso em você
só que você deve estar escrevendo coisas pro seu livro
preparando alguma coisa pro momento
O seu ativismo é um atrativo, assim como o seu cabelo
Enquanto estava acordado sonhei com os patos e um lago
e lá, estávamos nós, com um livro, uma rosa e um violão
tentando compor a maior música de todos os tempos
Acendi um cigarro, e quando a primeira fumaça soltou
logo foi ondulada como o seu cabelo
As incertezas passam nos comerciais de cigarros
mas, a gente se diverte, pois a vida é assim mesmo
As vezes as coisas são difíceis
Amores mau resolvidos
Amizades anti-coleguistas
só que você sabe enfrentar a beleza e as dores desta vida
Muitas vezes, eu penso em você
só que você deve estar escrevendo coisas pro seu livro
preparando alguma coisa pro momento
O seu ativismo é um atrativo, assim como o seu cabelo
Enquanto estava acordado sonhei com os patos e um lago
e lá, estávamos nós, com um livro, uma rosa e um violão
tentando compor a maior música de todos os tempos
Acendi um cigarro, e quando a primeira fumaça soltou
logo foi ondulada como o seu cabelo
quarta-feira, 11 de abril de 2012
A cidade dos vilipendiados
Em meio a essência da morte
Aos gritos do silêncio
destas ruas escuras e frias
O jovem tenta viver/sobreviver
O mundo tem sido muito cansativo
Os pássaros já não cantam com a mesma afinação
e a tendência do amor é o declínio
Estamos todos vendidos
Todos presos com cadeados enferrujados
e sabe-se lá, aonde colocaram as chaves
talvez, isto já não importe
Tem sido vício estarmos acorrentados em portões de ferros
ao lado de caveiras falantes
De vez em quando alguém vem nos visitar
Nos cantar uma canção dos anos 80
Antes de morrer, temos uma nostalgia do que foi um dia
ou do que nunca foi
As vezes nos encontramos em algum sonho
Nós mesmos encontramos a nós nos sonhos
daquilo que gostaríamos de ser ou de ter sido
todavia, não nos permitidos
E aquele garoto que iria mudar o mundo
hoje em dia, já não tem mais festas para frequentar...
Aos gritos do silêncio
destas ruas escuras e frias
O jovem tenta viver/sobreviver
O mundo tem sido muito cansativo
Os pássaros já não cantam com a mesma afinação
e a tendência do amor é o declínio
Estamos todos vendidos
Todos presos com cadeados enferrujados
e sabe-se lá, aonde colocaram as chaves
talvez, isto já não importe
Tem sido vício estarmos acorrentados em portões de ferros
ao lado de caveiras falantes
De vez em quando alguém vem nos visitar
Nos cantar uma canção dos anos 80
Antes de morrer, temos uma nostalgia do que foi um dia
ou do que nunca foi
As vezes nos encontramos em algum sonho
Nós mesmos encontramos a nós nos sonhos
daquilo que gostaríamos de ser ou de ter sido
todavia, não nos permitidos
E aquele garoto que iria mudar o mundo
hoje em dia, já não tem mais festas para frequentar...
terça-feira, 10 de abril de 2012
Uma velha estação
Carpem Diem, já não tem me dito mais nada
Essa simplicidade e direção
já está tornando-se um exagero
Em cada poesia
tu encontrarás um pedaço meu
um pedaço do meu coração
Em cada copo de restos de conhaque
tu encontrarás um pedaço do meu fígado
Em cada lençol de meu amor
Estarás com cheiro de morte e dor
não de bons sonhos
Mal vindo seja o outono
e para os esgotos vão essas folhas que caem das árvores
Patos são comidos pelas cobras
Abelhas mortas pelas coméias de sal
e humanos pela depressão
Essa simplicidade e direção
já está tornando-se um exagero
Em cada poesia
tu encontrarás um pedaço meu
um pedaço do meu coração
Em cada copo de restos de conhaque
tu encontrarás um pedaço do meu fígado
Em cada lençol de meu amor
Estarás com cheiro de morte e dor
não de bons sonhos
Mal vindo seja o outono
e para os esgotos vão essas folhas que caem das árvores
Patos são comidos pelas cobras
Abelhas mortas pelas coméias de sal
e humanos pela depressão
domingo, 8 de abril de 2012
Clarice II (esta poesia não tem nada a ver com a música do Legião Urbana. Renato e Eu, não estamos falando da mesma Clarisse)
Agora já não faz mais sentido
esconder a poeira embaixo das camas
Guardar os cabelos em caixas de sapato
ou manter suas cartas separadas das outras
em papel de presente
O coração não fica duro
apenas dormente
todavia, tenho esperanças de que um dia
alguma coisa vai acontecer
e novamente voltarei a sentir
Afinal, existem as dores que nos dão prazer
Preciso caminhar pelas ruas de São Paulo
me desiludir com os personagens dos filmes
e também dos livros
A sutileza foi muito bonita um dia
mas, hoje...
Já não existe mais verão nas ruas de SP
Seja mau vindo, OUTONO!
esconder a poeira embaixo das camas
Guardar os cabelos em caixas de sapato
ou manter suas cartas separadas das outras
em papel de presente
O coração não fica duro
apenas dormente
todavia, tenho esperanças de que um dia
alguma coisa vai acontecer
e novamente voltarei a sentir
Afinal, existem as dores que nos dão prazer
Preciso caminhar pelas ruas de São Paulo
me desiludir com os personagens dos filmes
e também dos livros
A sutileza foi muito bonita um dia
mas, hoje...
Já não existe mais verão nas ruas de SP
Seja mau vindo, OUTONO!
sábado, 7 de abril de 2012
O Jovem Punk do Século XXI
Escrevo este texto em apoio a todos aqueles que acreditam em vocês mesmos, e em apoio á aqueles que estão desacreditando por conta daqueles que se dizem mais experientes, ou serem os donos da verdade.
Estou cansado de ser jovem, mas, ainda assim, amo a minha juventude por ter tempo de mostrar, e também por ter forças e crenças de que um dia este mundo sujo, estas águas sujas, possam voltar a serem limpas(os). Me desespero, também, pois, sei que por ser jovem, o pior ainda está por vir, e pode ser muito pior do que aquilo que as pessoas que se dizem mais experientes passaram, afinal, ninguém tem nada de bom sem ter sofrido.
Antes de assumir pra mim mesmo que eu era Punk, eu já era perseguido por carecas. Nunca foi da minha natureza achar que devo comprar briga com alguém, mas, querendo ou não, eu tive que fazer isso pra poder ser quem eu realmente sou. Não comprei uma briga apenas com os carecas/nazis, mas, também com a burguesia, com os padrões, e tudo aquilo que tem definido a vida do ser humano desde há tempos. Lembro exatamente de um dia que fui ameaçado pela internet por conta de uma camiseta da banda a qual eu estava usando na foto, nela estava escrita “Punk Is Not Dead”, e pode ser bem clichê o ocorrido, mas, quando não se tem muita experiência causa um pouco de desconforto, afinal, eu não era um cara que costumava arrumar brigas, a única coisa que eu queria era curtir a música que eu gostava.
Com o passar do tempo, esse meu desconforto em ter sido ameaçado pela internet pelo simples fato de estar usando a camiseta de uma banda que eu gostava, passou a chamar-se REVOLTA, pois, o indivíduo tinha invadido a minha privacidade, e ainda por cima me ameaçou de morte, dizendo que sabia aonde era a minha casa. Passaram-se alguns anos, e eu já me dizia Punk, todavia, tinha contato com poucas pessoas e etc, só que eu escrevia os meus textos, ouvia umas bandas bem undergrounds, como “Asta Kask”, “Chaos U.K”, “7 Seconds”, “Olho Seco” e etc, e andava no visual (pois, eu simplesmente gostava), quando um belo dia, eu estava saindo do trabalho, e uma mulher “Testemunha de Jeová”, me parou pra conversar sobre leituras, essas coisas... quando eu olho, passa uma banca de nazis me xingando, dizendo que eu era podre, e que eles iriam me matar. Bom, os nazis esperaram eu terminar de conversar com a mulher, e resolveram vir atrás de mim com tacos de baseboll, consegui correr, e entrar em um shopping que tinha lá perto.
Agora, eu me pergunto. Por que muitos dizem: “Oh, é fácil ser Punk hoje em dia, pois, ninguém tem que lutar contra nada, afinal, o Brasil já é Capitalista. Se o cara é Punk, é por pura modinha”?. Puta que o pariu, aonde eu vou, eu corro o risco de tomar uma facada de um nazi, ou de um careca, pois, tem mais gente entrando pro Front 88, do que, tornando-se headbanger. Se eu encontro um Punk das antigas, como um SP Punk, um Phuneral Punk, além do cara me cumprimentar, falar sobre as experiências dele em todos estes anos, o indivíduo simplesmente quer tomar um botom, me intimar, ou me tratar com desdém, por simplesmente não ser da mesma geração que a dele(se bem que eu acho que enquanto todos estão vivos, todos fazem parte da mesma geração). Tirando as patifarias que ocorrem pela cena antifascista, aonde muitos ficam procurando em cada pessoa, motivos para taxar o outro de “pilantra”, “fascista” e até mesmo “preconceituoso”.
Sabem quem na maioria das vezes passam por isso? Aqueles que muitos chamam de “nova geração”. Aqueles que muitos taxam como “novato”, assim como em banca de careca, isso mesmo.
Está na hora, de nós não abaixarmos mais a cabeça para esses que se dizem mais “experientes”, pois, nós estamos aqui para dar prosseguimento a cena, ou se for preciso, reconstruíla.
Então, seu filho da puta, vagabundo de jaqueta preta, LEVANTE PUNK!
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