segunda-feira, 10 de junho de 2013

500 dias com Ele mesmo


 Ele caminha pelas ruas frias da cidade de São Paulo, com a sua jaqueta de couro velha e um all star velho e chulezento. Para acompanhar a sua caminhada, nos ouvidos toca uma canção: " Sofria, sofria e foi sofrendo que eu cheguei nessa agonia de hoje em dia. Fico aqui pensando aonde é que eu estou errando: - Será que é  um conceito de poesia ou é defeito da Sophia?". Esta canção é comparada pelo seu sentimento de invisibilidade, de não sentir ser importante para absolutamente ninguém, e se pergunta o motivo de sua inutilidade, tudo bem que em seus estudos aprendeu que para a vida não é necessária uma causa útil, mas, dói muito em sua mente ser inútil ao ponto de ser comparado ao NADA.
 Tudo que o rapaz diz é irrelevante ou impossível de ser entendido, quem dera a ele ter pelo menos um pouco de ouvidos sem pretensiosidade, apenas, a fim de escutá-lo e pelo menos deduzir o que suas palavras tristes têm a dizer sobre a felicidade. Até já pensou em ligar naqueles números que dão uma espécie de apoio a mágoas, arrependimentos, tristezas e afins.
 O rapaz é só um garoto que quer viver a sua juventude, ter amigos e namorada. Mas, que parece ser desviado por um jovem cansado e abstrato. Tem desejos como todos os outros, se masturba antes de dormir... sente atrações bizarras (mulheres bem mais velhas é o seu fetiche).

 Tomado pela dor, pouco sabe o que fazer, e acaba vivendo o niilismo sem querer viver. Tentando ver nesse sofrimento da representação uma maneira de redenção continua por aí, caminhando e cantando, mas, que infelizmente aquela canção que é um pouco feliz não consegue seguir.


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