Engolir todo esse sangue
misturado a incertezas
mas, que tem gosto de natureza
e lembrar ainda mais forte
da sensação de estar perto dessa fonte
Peço em todas manhãs
que me leve para bem longe
dessa gente que só me engole
e que me leve pra perto de quem me quer bem...
Não é pedir demais,
querer viver em paz
e se observar em reflexo de olhos
que não estejam com ódio
domingo, 23 de junho de 2013
segunda-feira, 10 de junho de 2013
500 dias com Ele mesmo
Ele caminha pelas ruas frias da cidade de São Paulo, com a sua jaqueta de couro velha e um all star velho e chulezento. Para acompanhar a sua caminhada, nos ouvidos toca uma canção: " Sofria, sofria e foi sofrendo que eu cheguei nessa agonia de hoje em dia. Fico aqui pensando aonde é que eu estou errando: - Será que é um conceito de poesia ou é defeito da Sophia?". Esta canção é comparada pelo seu sentimento de invisibilidade, de não sentir ser importante para absolutamente ninguém, e se pergunta o motivo de sua inutilidade, tudo bem que em seus estudos aprendeu que para a vida não é necessária uma causa útil, mas, dói muito em sua mente ser inútil ao ponto de ser comparado ao NADA.
Tudo que o rapaz diz é irrelevante ou impossível de ser entendido, quem dera a ele ter pelo menos um pouco de ouvidos sem pretensiosidade, apenas, a fim de escutá-lo e pelo menos deduzir o que suas palavras tristes têm a dizer sobre a felicidade. Até já pensou em ligar naqueles números que dão uma espécie de apoio a mágoas, arrependimentos, tristezas e afins.
O rapaz é só um garoto que quer viver a sua juventude, ter amigos e namorada. Mas, que parece ser desviado por um jovem cansado e abstrato. Tem desejos como todos os outros, se masturba antes de dormir... sente atrações bizarras (mulheres bem mais velhas é o seu fetiche).
Tomado pela dor, pouco sabe o que fazer, e acaba vivendo o niilismo sem querer viver. Tentando ver nesse sofrimento da representação uma maneira de redenção continua por aí, caminhando e cantando, mas, que infelizmente aquela canção que é um pouco feliz não consegue seguir.
quinta-feira, 6 de junho de 2013
Eu assisto todos os espetáculos
de vidas nada interessantes
porém, que parecem ser bem melhores que a minha
Me arrepio com esses gritos imprecisos
com essas expressões raivosas
mas, que vêm de um vazio
O vazio que deixaram em mim
é como uma sacola sem fundo
Tudo que entra cai
tudo que é vidro se despedaça e me corta
Este meu chão está cheio de cacos,
e me impedem de caminhar pela vida
sem deixar rastros de sangue
Nem Teseu deseja me seguir
Caronte já não quer mais me dar carona
e Dionísio me deixou com vontade
Me diz agora, para aonde eu vou?
Já não cativo mais ninguém
hoje sou só um alguém perdido em outro alguém
Rasgaram o tecido
Jogaram fora as poesias
não beberam o nosso drink
e hoje vivo pelas ruas reciclando
quarta-feira, 5 de junho de 2013
Tempos de Seca!
Hoje eu me vejo distante de mim
tentando buscar aquela bela voz
aquelas belas roupas que ficavam tão bem!
Tudo ficou tão velho,
envelhecemos em nossa juventude tenebrosamente
Meu coração é enrugado
As minhas mãos ficaram ásperas
(antes os meus amores diziam que eram macias)
Agora, eu vejo o meu espírito embriagado nas esquinas
dormindo em calçadas jorradas de sangue
e o meu corpo despedaçado e fedendo com o ar rotineiro
Já me perdi,
minha alma se sujou nessa lama cheia de moscas
e estamos em tempos de seca!
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