sábado, 2 de novembro de 2013


Num desabar qualquer
Destes em que os cacos ficam encravados
Na palma das mãos
Em que eu só queria voltar para casa
Você se fez presente
Me mostrando na dor
A palavra que não conforta
Mas, que liberta

Se ser nós mesmos fosse prestígio
As crianças morreriam de diabete
É preciso encontrar a si nos erros
O ser é os seus próprios erros
Seus próprios preconceitos
Orgulhar-se daquilo que se é
É tornar-se o que sempre foi

Este desespero de ficar só
É apenas consequência da pura essência
Tolo aquele que se fantasia querendo ser outro
Além de trair o iludido, traiu a si mesmo
Não nos fantasiemos dos nossos sonhos
Sendo assim, a realidade poderá apenas ser

Bonito não é ser belo
Plausível não é ser glorificado
Ser é ser!